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Maarten Janssen, 2014-

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1568. Carta de Gonçalo Nunes para Fernão Martins.

ResumenO autor dá recomendações ao amigo sobre o sigilo que tem de manter.
Autor(es) Gonçalo Nunes
Destinatario(s) Fernão Martins            
Desde Portugal, Évora
Para Portugal, Elvas
Contexto

O presente processo diz respeito a Diogo Nunes, identidade falsa que Gonçalo Nunes engendrou para tentar casar pela segunda vez em Elvas. Perante esta suspeita, o vigário de Elvas, António Pereira, em conjunto com os oficiais de justiça da cidade, moveu-lhe um auto do qual resultou uma carta comunicando às autoridades eclesiásticas de Évora os mencionados factos (PSCR0027). Junto a esta comunicação, seguiu também uma carta escrita pelo réu, prova do seu crime.

A presente carta tem no verso outra carta enviada à sua mulher (PSCR0029).

Soporte uma folha de papel escrita em ambas as faces.
Archivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fondo Inquisição de Évora
Referencia archivística Processo 5837
Folios 17r-v
Socio-Historical Keywords Tiago Machado de Castro
Transcripción Tiago Machado de Castro
Revisión principal Catarina Carvalheiro
Contextualización Tiago Machado de Castro
Normalización Raïssa Gillier
Fecha de transcipción2013

Texto: -


[1]
Snr
[2]
fernõ miz a mỹ me deseram que ereis vỹdo desa tera e que trouxereis esa molher o quall muyto folguo porque ate aguora esperey por sultura senã aguora
[3]
bem sey nesa parte quãto lhe devo
[4]
pa que me daquy me veja fora de tamanhos trabalhos aveis de tomar isto a carguo que dygaes a esa molher que lhe allenbre que sempre dise que querya nada de mỹ e que se fose nesesaryo vẽder o mãto e a saya por me tyrar da cadea que ella o farya
[5]
aguora estou em tempo pa diser tudo iso dyante da justica nesta tera
[6]
e eu esa cõfiansa tenho porque eu fora da cadea farey tudo aquillo que em mỹ fo faser e nũqua spa iso
[7]
me achara descallso ho meu feyto
[8]
esto em termo de esperar senã por esta diligencia
[9]
e ella feyta farey cõta que estou solto
[10]
o vigayro tem detremynado ha mãdar camyneyro faser a tera ha mesma deligẽcia sobre ho caso
[11]
pois noso snor vos trouxe a tera essa molher escusaram de hyr lla
[12]
folgarey de saber della se a sua tẽsam he o que tem dyto ho mais prestes que puder ser tanto que esta vyrdes porque dyrey o vygayro que aquy se pode faser a diligentia todo sem hyr a tera
[13]
o que vos encomẽdo que digães ha esa molher que se ponha diser pallavras hũa nẽ ha outra porque bẽ sabe que esta tera he como ha sua
[14]
por aguora dygua mais senã que noso snor vos traga na su guarda
[15]
feyta aos 11 dyas do mes de julho de 1568 anos

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