PSCR0118 1571. Carta de Diogo Lopes Serralvo, ferreiro, para a sua mulher, Maria Álvares. Autor(es)
Diogo Lopes Serralvo
Destinatario(s)
Maria Álvares
Resumen
O autor dá à mulher a notícia de que a filha de ambos foi presa pela Inquisição. Relata a sua consternação e põe a destinatária a par das providências que já tomou, aconselhando-a a manter a esperança.
Opciones de visualización
Texto : Transcripción Edición Variante Normalización - Mostrar : Colores Formato original <pb> <lb> Imágenes - Etiquetas : POS detallado Lema Notas lingüísticas
Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.
minha querida
molher
/ fasovos a saber hem como a nosa filha
beatrys lopez lume dos meus holhos
a ña vy nem sey se a verey hem meus dias
porq çheguey quynta feyra amtes das
matynas a hevora homde achey as
portas de mynha fylha seradas por
fora com doys homeys asemtados num
bamco a porta he pregumtey homde hera
m he nã me queriam dizer todavia
me dixeram como aviam premdido
tamto q me dixeram me deitei da besta
arbaxo com gramde choro pregumtei
homde hestava frãsisco rodrigues he di
xeram me q hem caza de baltazar rodrigues
nem sabia domde morava fuime a ca
za de bemto rodrigues he bati a porta q
nã heram aymda herguydos he tamto
q me conheseram loguo s ergueram todos
he fizemos muỹto gramde de pramto por
q loguo ho sobe frãsisco rodrigues he veyo
/ he tornamos ao prãto de novo louvores
a noso snor he ay hestive duas horas
hem q veyo muỹta gemte he day fomos
a caza de baltazar rodrigues he torna
mos ao choro de novo de maneyra q todo ho
dya he noyte ate aguora q vos hescre
vo esta com lagremas sem hembarguo
q hesperamos hem noso snor de ter
bom lyvramento hõte pela manha
fuy a nosa snora da grasa he mãdey
dyzer hua mysa q ma quizese lyvrar
he a nos tambem dovos novas q toda a
sidade hesta muỹto pezaroza de sua
pryzam porq nos dyzem q ho barza
lay o coxo a foy aquzar porq a muỹtas
testemunhas q lhe ovyram dyzer q avya
d aquzar dyzemdo q hua raparygua de be
ja que morava debaxo dos arcos q se hes
comdya por lhe nã dar hesmola quãdo ho
vya de maneyra q dysto a muytas teste
munhas quẽ prometya de lhe fazer deytar
hum abyto asi snora q não vos aguasteis
porq ho casireyro he muyto grãde amiguo
de baltazar rodrigues porq a noyte q a prem
deram lhe mãdou fazer hua cama he le
var ho menyno he o berso he quheyros
/ he lhos lava amtonya he lhos levam
asi q lhe dys ho casereyro q com ajuda
de noso snor hele a livrara he asi ho proqu
rador d elrey q prequra na caza todos
dyzem que hesperem he noso snor q nã
a de ser nada queremos fazer hua pety
sam a meza q tyrem quatro ho seis teste
munhas de como dezya q avya d aquzar
asi que hoje a partyda d afomso lopez
se foy framsisco rodrigues pera sua caza
he lhe hemtreguaram sua fazemda sem
hembarguo q lha avalyaram nã vos aguas
teis como dyxe ao lopez do grãde trabalho
q la vay noso snor vos tenha da sua mã a vos
he a nos temde bom corasam porq heu vos yrey
ver sedo com ajuda de noso snor como hese
homem se vyer dyzey a meus fylhos q me me
temperem hesas fouses nã tenho falado aym
da nas q eu troxe hese fato q temdes cobertor
he sayas he o mays q tyver despomde em
dobro
Leyenda:
Expanded • Unclear • Deleted • Added • Supplied
Download XML • Download text
• Text view • Wordcloud • Facsimile view • Manuscript line view • Pageflow view • Visualización por frase