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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0458

[1628]. Carta de João Esteves, antigo guarda do cárcere da Inquisição, para Filipa Pedrosa, sua mulher.

Autor(es)

João Esteves      

Destinatário(s)

Filipa Pedrosa                        

Resumo

O autor envia instruções à mulher sobre como gerir as suas propriedades e pede-lhe notícias dos filhos. Não só elabora uma enumeração ordenada de dinheiros que lhe devem, como também as propriedades a serem exploradas por outros. Também refere no final que a carta estaria a ser escrita com um pau e que a carta do filho tinha chegado selada com lacre, provavelmente querendo confirmar com o filho os sinais da carta ou revelando que o cárcere não tinha aberto a correspondência que chegara.
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noso sor vos alegre como me alegrastes as vosas E noso sõr vos aseite as pasadas q por dais E derdes estimo mto terdes saude e os meninos noso sor volla de pa seu emparo E meu não me mãodais diser se falastes na manoel da caunha ou o que vos Respõdeo de tudo me avizai miudamte E apertai co o velho q nelle esta mto se elle quizer falar E Rogai mto ao sor amigo se não Emfade q Eu terei conhecimto tirandome des deste cativeiro mãodaime dizer se vos deu o negro os 6000 mil rs da mẽsão do clerigo E se tẽdes novas delle E como vier se vos derão os seis mil rs q lhe va dar quitasão q bẽ sabe adonde elle mora folgarei saber se vos vierão os 10 alqueires de trigo de loures E adrião dias se sastifes E se alguem vos acode algũa couza; a vinha como for tempo andre botelho dara órdẽ pa ser vindimada E não esquesao do vieira q são mil E oitosẽtos rs folgarei saber antonio se vai tomar lisam ou como passa o seu tempo q aprẽda e irnosemos todos pa ovidos avizaime coando vier o pdre mas Elle não saiva nada he nasario saber do marcal nunes das bullas q de órdem a tudo como amigo q Eu tudo pagarei queirẽdo ds E darlhe ordem a ir tomar posse E q não passe o tempo E se puder ser q Emquanto antonio não for pa servir q fassa mto q sirva o pe joão gois d almeida per elle e pa isto o snor simão llopes fara co o provizor pa o deixem servir mãodaime dizer se prenderão mais algũ de meus copanheiros q am comei carne E como não tiverdes dro scõdei do q tiverdes por caza q ds dara remedio do q me dizes q sera como a cristaleira não me paresse isso que escreveo o escrito pequeno folguo saber porq não he de antonio paresse q ouvi dizer q hia tambem preso paulo d asevedo avizai me de tudo de quando em quando ca tive novas de mel andar ja calcois- noso sor vos gde como pode e vos de vida E saude E pasiencia não me mãodastes novas de antonia ads gde o melam vosso. isto he escrito hũm pau o voso escrito veio selhado lacre


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