PT | EN | ES

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

CARDS3169

1723. Carta de Jacinto dos Anjos, vigário, para Manuel de Matos e Silva, comissário do Santo Ofício.

ResumoO autor admite ter sido levado por um desejo de riqueza ao empreender por um roubo a um tesouro encontrado na zona do Minho.
Autor(es) Jacinto dos Anjos
Destinatário(s) Manuel de Matos e Silva            
De Portugal, Porto, Grijó
Para S.l.
Contexto

Seguidos da presente carta encontram-se vinte e um pontos, escritos pelo autor, enunciando situações que explicitam a sua redenção e atos benéficos para com pessoas da sua comunidade (até ao fólio 195r).

Dentro do fundo do Tribunal do Santo Ofício existem as coleções de Cadernos do Promotor das inquisições de Lisboa, Évora e Coimbra. O seu âmbito é principalmente o da recolha de acusações de heresia. A partir de tais acusações, o promotor do Santo Ofício decidia proceder ou não a mais diligências, no sentido de mover processos a alguns dos acusados. Denúncias, confissões, cartas de comissários e familiares e instrução de processos são algumas das tipologias documentais que se podem encontrar nestes Cadernos. Quanto ao crime nefando e à solicitação, são culpas que não estão normalmente referidas nestes livros.

Suporte meia folha de papel não dobrada escrita no rosto.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Coimbra, Cadernos do Promotor
Cota arquivística Livro 352
Fólios 191r
Transcrição Mariana Gomes
Revisão principal Fernanda Pratas
Modernização Catarina Carvalheiro
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.

Illmo Sr

Levado da nal inclinação de adquerir riquezas, por noticia q me deram, de q nas Serras de Guimarães se descubrira hum Te-souro grde mas q estava encantado, consultei hum Ingles entre os de aqLa naçam o mayoral, por nome Jorge Bulimori, se na sua terra, ou em Olanda se faziam familiares, com animo he verde de me aproveitar de algum pa esta empreza, e Logo Logo o demitir de mim; Haverá 6. ou 7. annos, q tive este ambiciozo pensamento. Morava este Ingles (como inda agora) na Cide do Porto, e bem conhecido: Porem respondendome elle, q tal couza se não fazia naqLas nações, cedi Logo da pergunta, e tambem da pertenção, em taL forma q não cuidei mais em tal materia. Desta culpa me confessey Logo ao meu confessor, Entendendo q bastava; Comtudo entrando agora em mayor escrupulo o faço novamte aos pes de V Illma pedindolhe perdam desta omissam, de q proponho emmenda. E tambem dou conta a V Illma de alguns pontos mais, q todos vam expressos nesse papel por mim assignado, por me Livrar de todo o es-crupulo, e pa obrar sempre com o acerto q devo. Ds gde V Illma ms ans Grijo 2. de Agosto de 1723

Aos pes de V Illma postrado D Jacinto dos Anjos.

Legenda:

ExpandedUnclearDeletedAddedSupplied


Guardar XMLDownload textRepresentação em textoWordcloudRepresentação em facsímileManuscript line viewPageflow viewVisualização das frases