O autor conta ao cunhado as suas novidades e pede desculpa por não poder pagar o que lhe deve.
oje 19 de maiio do anno de 1671 annos
Snor cunhado
fastejarei q estas duas regoras ache a Vm
con bo
a saude como eu pa min dezejo eu ao pre
zente fiquo con saude des grasas
pa cenpre
esperando por partida de hũa comaqua
que Vai pa pernanbuquo
desta cidade
da baia porquanto não Vejo modo de viber
nesta cidade da baia e acim bou con amigo
meu de braga q tem hum tio em pernan
buquo talbes acharei la melhor comedo
Mais enfadarei a Vm a darlhe as boas
no
Vas da minha Viaje que tibemos
nesta frota
q numqua me doeu nada
des gacas pa cempre nem os demais camaradas
so con grande pena de me nam despedir de Vm
e do gordo e dos mais amigos
q neca tera andã
mas da minha parte peco a Vm me de muitos
meus
recados a todos os de min quizerem
ouvir novas de mais de nocas contas q temos
e de
seu primo goncalo da silva muito meu amigo e
asim fiquo cempre muito obrigado como ten
nho de
obrigacam recebi de cua man tres mil
reis da minha praca o de mais fiquamos agus
tados de tudo
do que me peza não poder pagar a Vm cenhõr
cunhado mas des acudira
pa Vm cer cervido
alem das merceas que Vm me fas
q co des lhe
pagara porquanto eu não sou pa
o pagar e aci
m lho encomendo que tenha pasiencia
ate des nos dar cabelos
he com isto não enfado
Mais a Vm
deste cativo e amigo de Vm
Anto de Araujo etc
que de mais se for pa rio caldo me de muitos recados
a minha
cogra a todos os de min quizerem ouvir novas
deme mais novas a domingas de araujo d onde estou
pa elles poder
escreVer ce llevaren gosto