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Maarten Janssen, 2014-

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1727. Carta de José de Moura, mestre de gramática, para [um membro da Inquisição de Coimbra].

Autor(es)

José de Moura      

Destinatario(s)

Anónimo343                        

Resumen

José de Moura escreve da prisão uma confissão e pede misericórdia
Page [49r] > [49v]

Por me achar Eu Jozeph de Moura fo legitimo de Mel dos Reis e de sua mer Sr Crasinta de mora naturais de Va Real por me achar em prizam faso esta Lista por ma Letra e nalla me asignarei Com as Couzas de que pertendo aCuzarme ao S oficio ComCorrim e fis hũa Cartta fingida e nella dizia alguas palavras desonestas Como forão huas a Respto de me dizer hũa tal molher que lhe dava hum mal e q lhe antrava pellas unhas dos pes e por galhofa fis hũa cartta fingida e suposta Como q ma Remetia Amo a pedir me as unhas dos pes e o nome do parricho que a Batizara a fingia na da cartta q sabia de hũa mer q tinha hum Cristto na boca e tudo istto eu fingi em matiria de galhofa pa lhe dizer q tinha hum Cristto na boca q Dicece o Do parricho de quem se pedia o nome na da cartta q a tornace a Batizar pellas unhas. Comfesso que fis tudo isto em galhofa e não por ofender a Sta fée do q peso a VSa mizeriCordia mais digo que perguntandome hum Clerigo por hũa emformasam que me perguntava de hũa mer pa ver se sabia que ela Curava ou benzia pesoa que ca não conhecia e saindo pa fora donde me foi preguntada a tal couza dice a hum amigo que se perguntava por a da mer pa aCuzarem o Sto ofiçio e fis isto não por ofender a santa fee hu distto peso a VaSa meziricordia



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