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Maarten Janssen, 2014-

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1596. Carta de Diogo Horta, mercador, para o seu irmão, Fernão da Horta, mercador, tratante e banqueiro.

SummaryO autor dá instruções relativamente à confissão que o destinatário deve apresentar na mesa do Santo Ofício e aos códigos que deve seguir para comunicar com ele.
Author(s) Diogo da Horta
Addressee(s) Fernão da Horta            
From Portugal, Lisboa
To Portugal, Lisboa
Context

Diogo da Horta e o seu irmão, Fernão da Horta, foram acusados de judaísmo e presos pela Inquisição de Lisboa. Diogo da Horta (Proc. IL 229) foi o primeiro a ser preso, a 05/03/1596. Da prisão escreveu duas cartas em pedaços de tecido. Contudo, António de Melo, que estava preso por se fazer passar por familiar do Santo Ofício e por "passar recados dos presos", denunciou-o entregando as cartas como prova na Mesa do Santo Ofício. De acordo com o testemunho deste denunciante, Diogo da Horta "fez os ditos panos de uma toalha da Índia que o dito Diogo da Horta tinha no seu fato e [ele, António de Melo], lhe viu fazer a tinta de vinagre e de fumo da candeia que tomava em uma telha e fez a pena de um pau de vassoura e..." coseu os ditos panos entre o forro dos calções de António de Melo.

Depois da entrega das provas à Inquisição, Fernão da Horta (proc. IL 12087) foi preso, acusado também de judaísmo. Do seu processo constam mais duas cartas, que foram entregues na Mesa do Santo Ofício pelo correio-mor em agosto de 1597. Tinha-as recebido de Duarte Gonçalves da Horta e de Filipa Gomes, seus tios, cristãos-novos, que tinham saído de Portugal e viviam em Veneza.

Support três pedaços de pano, escritos no rosto e no verso.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Lisboa
Archival Reference Processo 229
Folios 112Ar-112Cv
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2300100
Transcription Teresa Rebelo da Silva
Main Revision Catarina Carvalheiro
Contextualization Teresa Rebelo da Silva
Standardization Catarina Carvalheiro
Transcription date2015

Page 112Ar > 112Av

snor Irmão meu da minha alma e do meu Coracom

ho portador deste foi meu Conpanheiro neste carsere o qual por me fazer m pela muita amizade q tomamos neste trabalho me pormeteo com fe de juramto do q pasamos e vos avizar e Recebendo este vos venhais acuzar de como me eu descubri a vos aConselhandovos q foses judeu como eu era e que vos me Respondestes que não fose parvo e não crese em busõis e não vos falase mais niso e direis mais q vos dixe q o dro q me daveis pa ir dizer mizas ao Carmo por meu pai o não dava porque me parecia que não aporveitavão misas pela sua alma e tendo detreminado de dizerdes isto o tire direis ao portador porque ese tem serto serto sinal de darme pa q eu conheça qua como vos tem dado este escrito posto que vai em panos e o sinal ele volo dira e tãobem



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