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Maarten Janssen, 2014-

CARDS7027

1820. Cópia de carta de Inácio José Brilhante, marchante, para o seu irmão João Brilhante, também marchante.

ResumenO autor garante ao destinatário que lhe cuidará de um cavalo e que tudo deve a ele e à restante família.
Autor(es) Inácio José Brilhante
Destinatario(s) João Brilhante            
Desde Portugal, Santarém
Para Portugal, Feira, Oliveira de Azeméis
Contexto

Inácio José Brilhante acusou os seus irmãos mais novos, João Brilante e Francisco Brilhante, de terem roubado de uma quinta, na noite de 14 de abril de 1823, 41 cabeças de um gado bovino seu. Além do gado, teriam roubado 256 couros de boi, 191 peles de carneiro e 40 arrobas de lã. No entanto, o processo revelou-se muito mais complexo, já que os réus afirmaram que o gado era deles, bem como o negócio da marchanteria, sendo Inácio José apenas administrador. Este defendeu-se dizendo que era curador dos dois irmãos. As cartas aqui transcritas serviram de prova tanto para a acusação como para a defesa: a acusação afirmou que foram escritas quando os três ainda se relacionavam harmoniosamente, por isso nada provariam, nem confeririam títulos de propriedade. A defesa, por seu lado, alegou que nas cartas era notório que Inácio era um simples administrador das terras dos réus. O processo, que tem 375 fólios, durou de 1823 a 1825.

Archivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fondo Feitos Findos, Processos-Crime
Referencia archivística Letra F, Maço 12, Número 18, Caixa 28, Caderno 1
Folios 45r-v
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcripción Ana Rita Guilherme
Revisión principal Rita Marquilhas
Contextualización Ana Rita Guilherme
Normalización Rita Marquilhas
Fecha de transcipción2007

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Senhor, João Brilhante etc etc

João: Santarem vinte e seis de Novembro de mil oitocentos e vinte: Receby a tua datada de dezoito, escripta de Coimbra, e por ella vejo que passas bem, o que muito estimo. Ora vejo que me rogas trate bem as Piquenas, e que lhi não disgostos, dito este que me tem cauzado espanto, por não poder saber o fundamento de tal dito, pois por mais que tenha imaginado não lhe posso dar a sahida, e me lembro ser dito de Criança, ou de quem tem falta de Conhecimentos, comtudo sou a dizerte que eu fui Criado, e vou existindo para sofrer tudo, mais me dizes que te não venda o Cavallo, e que se me for pezado o seu sustento que to mande dizer para mo remeteres, a isto sou a dizerte que mal me pode ser pezada esta Despeza, quando elle nada come, que meu seja, porque eu não tenho aqui mais do que o bocado que e os mais me estão dando, e a franqueza e Liberdade, que me dão de eu determinar a lidar com os seus bens e remedio como se fossem meus proprios, e por isso que jamais me pode ser pezado o sustento do ditto Cavallo, ou Cavallos, huma ves que os queirão conservar, pois eu com isso nada tenho porque hoje me concidero hum Executor do que me detreminarem, de que tenho a maior satisfação, a Jaleca quando ouver meios ta remeterei, e athe hoje o que se me offrece dizerte, conserva a saude que te dezejo, e sou teu, Irmão: Ignacio: NB Joaquim Ferreira, quer-me comprar as Cazas de Santa Cruz, dis-me o teu parecer, que o mesmo mando proguntar a Francisco, para lhe dar a resposta


Leyenda:

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