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Maarten Janssen, 2014-

CARDS0324

1810. Carta de João António Lisboa, proprietário de terras, para António dos Santos, foreiro.

ResumoO autor comunica ao destinatário que não o deixará mais cultivar as suas terras.
Autor(es) João António Lisboa
Destinatário(s) António dos Santos            
De Brasil, Maranhão
Para Brasil, Maranhão
Contexto

O capelão de Cururupú, o Reverendo António Vidal Ferreira Pinto, foi denunciado em 1813 por um lavrador inimigo, José Gonçalves Castelhano, enquanto culpado de uma série de crimes. O réu foi acusado de viver "escandalosamente amancebado durante mais de nove anos com Faustina Teresa, mulher casada com o alferes António dos Reis", e ainda "concubinado de portas adentro com a preta forra Maria Benedita." Disse-se ainda que era "muito remisso na administração dos sacramentos, como aconteceu com um homem branco, filho de Portugal, e com uma escrava chamada Iria do Padre António Alves Domingues", e também "um refinado negociante." Dava "conto e asilo a homens facinorosos e degredados, como um João Alves, homem de tão péssimo caráter que tem chegado a forçar algumas mulheres, dado pancadas" e era "costumado a apanhar cartas alheias para as abrir e ler e, por este meio, descobrir os segredos das famílias e dos particulares." Fazia "um notório e sórdido monopólio dos mesmos sacramentos, não batizando senão por mil e seiscentos réis, quando a esmola que recebe o pároco não excede a quatrocentos réis, e não assistindo ao sacramento do matrimónio sem que lhe deem três mil e duzentos réis." O autor do processo, no entanto, acusou também o dito padre de um crime mais banal. A 25 de setembro de 1812, o padre teria cometido contra si um "rigoroso furto": o roubo de um boi de carro, mandando-o matar "por dois dos seus agregados, com o pretexto de que tinha ido à sua roça", fazendo com que se enterrasse o coiro e a cabeça do animal "para que se não descobrisse o malefício" e conduzindo a carne para sua casa. Ao fim de um processo criminal que durou 6 anos, o capelão acabou absolvido.

Suporte meia folha de papel dobrada, escrita nas duas últimas faces; a carta ocupa o espaço livre daquela a que responde.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra J, Maço 3, Número 17, Caixa 11
Fólios 331r-v; 332v
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcrição Cristina Albino
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Rita Marquilhas
Modernização Rita Marquilhas
Anotação POS POS automático
Data da transcrição2007

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Ultimate me aprezenta meu genro hua Carta que Vm a elle escrevera para saber se podia ou não Continuar a Rossar nas mas terras ao q vou a responder q á vista das Certas informaçoens q tenho do grande destroco das mas terras não em Capoeiras como como em Campos de propozito queimados todos annos, não posso ademetir no rol dos meus (pelas rezoens ditas) antes tenho de fazer reformas outros que bem me tem destruido as das terras, o q sinto pois estou bem Capacitado da sua prohibide e não de outra couza de que está persuado.

Por esta forma fica Vm desemganado pa não Continuar a Rossar em as das mas terras esperando que asim o faça pa evitarmos desavores, visto que deles não se uteliza nada

Sou Com toda a atenção De Vm vor e Criado João Antonio Lisboa

Legenda:

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