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Maarten Janssen, 2014-

CARDS1016

1662. Carta apógrafa, de Bartolomeu da Costa, homem do mar e cativo dos turcos, a sua mulher, Madalena Francisca, mulher que vendia peixe.

Autor(es) Bartolomeu da Costa      
Destinatário(s) Madalena Francisca      
In English

Inglês:

Translation by Rita Marquilhas

Translation of a letter sent to his wife, a fishmonger, by a Portuguese sailor captive of the Turks. From Rhodes to Lisbon. 15/12/1662

To maDanela francisca in the city of Lisbon in the district of san stevão Dalfama. In her absence to anna farya. She sells at rybeyra do Peyxe. Letter from a poor captive, may God show the way to the one who shows this letter the way. It goes from Turquey.

The peace of Christ may be with you.

Sister in the soul.

I hope you will be in good health in the company of your mother and all the people in our household. May heaven keep it for many and happy years it is the wish of this poor captive. I am in good health at present, thank God, going through many miserable ways and troubles in this miserable captivity where my sins brought me 20 years ago. Absent from your sight but managing to keep my faith in Christ as a faithful Christian should. Now I shall tell you all about my miserable life. Since I left Argel 18 years ago I am inside a galley with a thick chain in my foot passing through many troubles and miseries which I could not tell in a letter. I work continuously which means I don’t have one hour of rest neither by day nor by night, dying of thirst and hunger and dressed in rags, not to mention the infinite stick beatings I take since there’s no lack of that inside a galley. However I thank God our Lord for all the mercies he has been giving be for so many years, he has given me patience to keep going in spite of so many troubles and he kept me alive although I am dead in this world to you. But I have hope that God our Lord and the Holy Virgin will give me freedom and let me see you before I die because after all I am a man, and men are supposed to suffer troubles in this world. I do regret, though, having no news neither yours nor from our household so I beg you, sister in the soul, since I brought you such misfortune, do try to find in that town some way to write me to the east since there are many knights in Malta coming from that town. Send me some news by them: it is the best and the safest way to write. And don’t you think that because I am in Turquey there is no remedy for my freedom. So I beg yoy, if you have some means and someone to help you with my ransom, you can do it by sending the order by Lord joão de Sir joão de souza de vasComselos Comendador das Comemdas de santarey AlCayde mor de Palmela ecause the said lord will send it to Malta to friar jaComo P(erei)ra Loureyro Camareyro do grão mestre de malta born in vyla do Comde because they exchange letters and it will arrive here in a better and cheaper way. And all you can do for my freedom, tell it to me by letter sent through the said lord because that way I could go by Malta. Tell me all about you and our household, about who is alive and who is dead because from now on my eyes will be looking above to heaven hoping to get news from you. The carrier of this letter is a man from setuvele called manoel rodrygues married in matozynhos. Try to speak to him if God will take him safely to that town because he will give you many news from me and my miserable life. And now may God our Lord allow us to see each other once more before we die. To my mother-in-law, if she is alive, give her my regards and to everyone in our household.

Today, from Rhodes, the 15th of December 1662

From this brother in the soul bertolameu da Costa

To francisco guasPar, if he is alive, give him my regards. I’m not writing to him because there is no time.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

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A maDanela frca em A syda de de Lisboa em o bayro de san stevão Dalfama em sua auzemsya a anna farya vem de em a rybeyra do Peyxe Carta de Pobre Cautyvo Deos emCamynhe quem esta emCamenhar Vay de torquya A Pas de Crysto seja Comvosquo yrmã D alma

Estymarey q guozes boma saude em ComPanhya de vosa may e de toda a jemte de nosa obryguasão e Caza A quem o seo Aumente Por longuos e felysysymos Anus Como Como este Pobre Cautyvo vos dezeja eu ao Prezemte desta guozo boma saude A deos grasas Pasamdo muntas myzeryas e trabalhos em este myzeravele Cautyveyro Adomde meus PeCados me Puzerão vay em 20 Anos Auzemte de vosa vysta mas Comtudo sustemtamdo a fe de Crysto Como fyel Crystam Aguora eu darey Comta de mynha myzeravele vyDa q Depoys q Party d argel vay 18 Anos q estou demtro De uma guale Com huma grosa Cadena Ao Pe Pasamdo tantos trabalhos e myzeryas q em Carta não volo Poso relatar Com trabalho emfenyto q nen de noute nem de dya tenho tenho una ora de desCamso morto de fome e de sede e de rouPa mal bystydo e ao Cabo de tudo Com emfenytas bastonadas q de Comtyno não faltam em gualera Comtudo dou grasas A deos noso snor Por tamtas merses q me fas A tamtos Anos em darme Pasyensya Pera levar e rezystyr A tamtos trabalhos e estar vyvo Ate aguora semdo morto ja neste mundo Pera Comvosquo Pero Com esPeramsas em deos noso snor em A vyrgem samtysyma de darme lybertade e de verme Comvosquo Amtes da morte Poys não me da Pena meu Cautyveyro e trabalhos Pois Alfym sou omen Pera quem os trabalhos sam feytos em este mundo o q symto e não ter novas vosas e da jemte de nosa obryguasão e Caza Portamto vos Peso yr d alma Poys q foste tamto mal Afortunada Commyguo q seja Posyvele q não aChaste em esa sydade alguma vya Por omde me esCreveres o levamte Avendo tamtos Cavaleyros desa sydade em malta q Por sua vya me madares novas vosas q e A mylhor v vya e segura Por domde me Podes esCrever E não Cudes Porq estou em torquya q não tem remedyo mynha lybertade Portamto vos Peco q se temdes Posovelydade e quem vos ayude A resguatarme Podeys fazer remetemdo a ordem Por vya do snor joão de don joão de souza de vasComselos Comendador das Comemdas de santarey AlCayde mor de Palmela Porq o dyto snor A remetera a malta frey jaComo Pra Loureyro Camareyro do grão mestre de malta natural de vyla do Comde q tem resPomdemsya Com o snor dom joão de souza de vasComselos q Por esta vya ve Por menos guastos e de tudo o q Podes fazer Por mynha lybertade avyzayme esCreveme Por vya do dyto snor Porq eu ya seguira Por vya de malta manday me muntas novas vosas e de toda a yemte de nosa obryguasão e Caza dos q são vyvos e mortos Poys fyquo des aguora Com os olhos em o seo esPeramdo novas vosas o Portador desta e omen de setuvele Chamado manoel rodrygues Cazado em matozynhos olhay se Podes falar Com ele se deos o levar a salvamento a esa sydade q ese vos dara muntas novas de mym e de mynha myzeravele vyda e Com ysto ds noso snor nos deyxe ver Amtes da morte A mynha sogra se esta vyva emCaresydas lembramsas mynhas e A toda A jemte de nosa obryguasão e Caza oje de rodes em 15 de dezembro de 662 deste voso yrmão d alma - bertolameu da Costa

A frco guasPar se esta vyvo emCaresydas lembramsas mynhas q não lhe esCrevo em ParteCular Por não ter temPo de o fazer


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