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Maarten Janssen, 2014-

PSCR3378

[1628]. Carta de [Filipe Leitão], rendeiro, para um destinatário não identificado.

SummaryO autor queixa-se ao destinatário dos familiares que o traíram.
Author(s) [Filipe Leitão]
Addressee(s) Anónimo552            
From Portugal, Lisboa
To
Context

Processo relativo a Filipe Leitão, natural de Lisboa e rendeiro das terças em Beja, preso pela Inquisição de Évora entre 1618 e 1625 e pela Inquisição de Lisboa entre 1627 e 1629. O réu era acusado de judaísmo e blasfémias heréticas, tendo sido denunciado pela sua mulher sobrinhas e tio. Em 1629, foi condenado a pena de excomunhão e degredo por seis anos para a Ilha do Príncipe.

Encontram-se no seu processo quatro cartas. Presume-se que o autor das cartas PSCR3378 e PSCR3379 seja Filipe Leitão, uma vez que a caligrafia que apresentam coincide com a de uma defesa da sua autoria. O mesmo não acontece com a carta PSCR3380, que possivelmente terá sido escrita por outro prisioneiro. A última carta inclusa no processo (PSCR3381), dirigida a Filipe Leitão, data de 1626, o que leva a crer que ou já se encontrava na posse do réu à data da sua prisão pela Inquisição de Lisboa ou foi posteriormente entregue como prova por uma testemunha chamada à Mesa do Santo Ofício. As páginas que se lhe seguem e que provavelmente a explicariam encontram-se ilegíveis dado o seu mau estado de conservação.

Em carta guardada fora do processo (PSCR1260), Filipe Leitão escrevia já do exílio a acusar um primo da sua má-sorte.

Support um quarto de folha de papel escrito em ambas as faces.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Lisboa
Archival Reference Processo 1256
Folios 51r-v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2301143
Transcription Maria Teresa Oliveira
Contextualization Maria Teresa Oliveira
Standardization Catarina Magro
Transcription date2016

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por Respeito de vosso gosto, e do proveito q podeis esperar do amigo folgo as novas q dizeis vos levou o parẽte da sse, do mais bẽ ssei q a sñra vossa mai, e tio o sõr anto pinhro me meterão aqui nas escolas gerais o filho dessa sñora q la foi e deve ir agora pessoa honrrada cristã velha, como essa a Recebei e agazalhai. a sñra vossa mai e tio estão bẽ vingados, q mto melhor fora acabareẽ esta triste vida, q não metella aqui pa o ssẽ vẽtura de anto por Respto de ssemelhãte prizão, o botarẽ fora nome de judeu, ainda q mto claro he à sñra antonia pinhra, como Jhs Xpo permitio q lhe ficasse o leme na mão todas as couzas fes cõtra ssi e seus filhos seja elle louvado, o q agora inporta he, não falar no passado, e Remedear o feito q nẽ ela nẽ sseus filhos ganhão onrra nẽ proveito, de sse saber estou na santa inquississão, de maria andre tãobẽ ssei foi judas couza tão mal considerada agora não serve mais q trabalhar, por me botar daqui fora, e se ouver ordẽ pa falar vossa mai pro folgarei pa tratarmos o q daqui em diante se deve fazer me dando o pecado, q sse ella á des anos q chora outros tantos á q eu padesso prizõis caterina e todos me mandão, eu tinha, e tenho pano pa o vestir, escrevo ao sõr anto pinhro, daqui não de fazer nada sse por vossa mai o sõr inquizidor, e o sõr mateus peixoto barreto tudo pode


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