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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0036

1576. Cópia de carta de Manuel Leitão, ex-guarda do Santo Ofício, para Álvaro Mendes.

Author(s)

Manuel Leitão      

Addressee(s)

Álvaro Mendes                        

Summary

O autor congratula-se, a partir do cárcere, com uma carta que lhe chegou do destinatário; comenta depois factos que conhece sobre algumas pessoas amigas.
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Sor tanto folgei v esta sua como v a vm em pa e a todos nossos amigos e a minha mai q não tenho outrem nosso sor me chege a tempo q pague tantas merces e lembranca como de min tem porq eu não tenho q lho page senão com a vida q tenho offerecida por elle e por todos meus amigos se for ncessario como se vera por obra vm crea q estes dias estou mto triste o embaraco da letra e por nam ver reposta do dro q mandei he dei por isso desgosto ao portador tambem emComendo a v m q tenha mta cautella porq com poucas palavras sendo conhecidas entenderei o q for ncesso quãto da sinal dos pelhos não me podera mãdar outro mais incerto porq o meirinho torto de Coimbra foi por esse caminho tirando ora culpas de min he todos esses signais foi dar na mesa por que eu fui perguntado po isso mas pareceme q nam lhe souberan dizer quem heram os mesmos poq a min nam me nomearam ningem mandame mais signais outros pa acabar de ser certo he descansar e tambem porq a sua letra nam a conhecia quãto ao martinho não sabia nada de min porq sempre me gardei disso eu o farei a saber logo a dous dedos a elle lhe veo oje aqui hum recado de sua casa pello alcaide dezendo que hera aqui hum moco ha d ir a mesa pera ver se o querem deixar fallar com elle saiba la quem he la q vem o sinal q lhe mando he q quãdo me mandou chamar a sera me vieram esperar elle he o amiguo antes de cheguar a ponte ja noite e ceamos en casa do sirgeiro todos tres carne de porco assada q eu mãdei por pa e ao outro dia nos partimos de madrugada e fomos dormir onde estavam as palhas e ao outro dia antes q me apartase me fez escrever hũa carta pa o brandão q Ds livre que falava no mullato he lhe emcomẽdei dese vinte cruzados ao homen e mãdeme dizer se sabe disso algũa cousa haqui dentro vai hũa carta q ja tinha feita das cousas q sam pasadas veja se he ncessario sobre isso fazer algũa cousa he de tudo me mande e mamdeme dizer se ha ja inqor em Coimbra he notairo he quem são do coadros me avise como aqui for e mãdeme dizer se despois de minha prissão faleceo algũa pa amigua das nossas conhecidas e se os lhes tiraram e a todas la cada hũa dellas em particular mande minhas emcomẽdas porq sei q folgarão com isso e principalmte a lianor de beca filha do baeca porq lhe devo mto he a todos e ao sarnoso de jorge dias e como esta he aseite q a olanda furtou a sua mai pa me dar q la lhe ficou na cevadeira com hũa camissa q ma mande pa fazer hũs pannos pa a cabeca q são mal desposto della e a snora sua mai q lhe bejo as mãs he a elle ao sor manuel luis me facam dar minhas emcomendas e ao sor miguel luis q lhe mãde novas de min porq hora sei q folgara com ellas he q quãdo nosso sor levou a sua bem avẽturada q eu estava la e q me pesou quãto nosso sor sabe nosso snor q foi servido levalla sua onra o sera de lhe dar a gloria de seu tio graviell folgaria saber como passou porq o nam pude saber noso sõr dee a vm e aos seus irmãos aquillo q pa min quiria he a todas. e mos leixe v fora desta prissão ao sõr companheiro beije as mãos por min e lhe dee os agradecimtos das merces q me fez e se ha aimda algum peixe puta q parta comiguo porq bem o achei menos he a sua conversacão e bona e amizade. beijo as mãos a vossas merces seu Reitor


Legenda:

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