PT | EN | ES

Menú principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Download XML

[1766]. Carta de António da Cunha e Sousa para a noiva, Joana Maria da Cunha Sotomaior.

ResumenO autor queixa-se à destinatária por achar que poucos têm coragem de enfrentar o pai dela, que se opõe ao casamento entre ambos.
Autor(es) António da Cunha e Sousa
Destinatario(s) Joana Maria da Cunha Sotomaior            
Desde Portugal, Lisboa
Para Portugal, Lisboa
Contexto

Neste processo do Ministério do Reino, há várias causas concorrentes: o isolamento de Francisca Rosa de Sousa, mulher de António da Cunha Sotomaior, no Recolhimento de São Cristóvão; o pedido de divórcio permanente por parte da mesma (1766); o recurso de António de Cunha e Sousa Pereira Teles quanto ao anulamento de promessa de casamento entre ele e Maria Joana da Cunha Sotomaior; e, finalmente, o pedido de herança pela parte da mulher e filhos de António da Cunha Sotomaior.

A 18 de março de 1766, a mulher de António da Cunha Sotomaior, por ausência do marido, apresentou um pedido para que ela e suas filhas se retirassem para um recolhimento, pedindo um divórcio na mesma altura. O pedido de recolhimento foi deferido e ficaram em São Cristóvão, Lisboa. Passado um mês, António da Cunha e Sousa (pretendente da filha de Francisca Rosa, Joana Maria), Reposteiro, escreveu uma petição por achar que o pai da noiva podia não dar consentimento ao casamento, em que pedia para que não a deixassem sair do recolhimento sem que ele a recebesse primeiro. A partir dessa petição, percebeu-se que Dona Francisca Rosa de Sousa estava recolhida com as filhas sem o consentimento do marido.

Os noivos foram-se encontrando às escondidas e, depois de descobertos, comunicavam por carta (PSCR0667). Mas o pai conseguiu reaver a guarda das filhas e tentou por vários modos impedir o casamento entre Joana Maria e António da Cunha e Sousa: obrigou a filha a assinar documentos em branco na tentativa de anular um prévio contrato de casamento, forjou documentos e tentou provar, com dolo, que António da Cunha e Sousa já tinha uma prometida, sua prima

Em 1782, António da Cunha Sotomaior morreu e a sua viúva e filhos executaram a herança.

Estão contidas no processo duas cartas originais: uma carta da irmã de Francisca Rosa de Sousa (PSCR0666) e outra de António da Cunha e Sousa para Maria Joana Sotomaior (PSCR0667). Neste processo há ainda cartas e recibos de Francisca Rosa. A correspondência ia dirigida ao seu marido, e foi entregue por ele a um tabelião. Nas suas cartas, Francisca Rosa queixava-se e ameaçava separar-se por achar que o destinatário não estava a cumprir as suas obrigações de marido.

Soporte uma folha de papel dobrada escrita nas três primeiras faces.
Archivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Ministério do Reino
Fondo Requerimentos
Referencia archivística Maço 659, documento 13
Folios [49]r-[50]r
Socio-Historical Keywords Mariana Gomes
Transcripción Mariana Gomes
Revisión principal Raïssa Gillier
Contextualización Mariana Gomes
Normalización Raïssa Gillier
Fecha de transcipción2015

Select download format

Pure TEI P5 XML
TEITOK XML