Copyright 2014, CLUL
duas folhas de papel dobradas, escritas em seis faces e com sobrescrito na última.
cinco linhas entre a fórmula de endereço e o início do texto.
A autora lamenta-se, dando detalhes do cativeiro a que está sujeita e pedindo notícias de familiares e amigos.
Reproduções não dispensam licença da DGARQ/TT.
A correspondência de D. Filipa que se conservou em Simancas acompanha uma série de cartas provenientes de Lisboa dentro de um maço intitulado "Diversos papeles, relaciones, copias de cartas y otras cosas tocantes a Portugal y la pacificación de algunos lugares de aquel reino [...]. Todo ello desde el año de 1583 hasta el de 1587". O correio fora originalmente apreendido estando D. Filipa reclusa, em clausura imposta por D. Filipe I de Portugal, num contexto de perseguição aos apoiantes de D. António. As suas cartas refletem as ligações que mantinha com diversos conventos cistercienses e amigos espalhados pelo reino de Portugal. Efetivamente, várias cartas são dirigidas direta ou indiretamente ao convento de Santa Maria de Semide (também conhecido como Mosteiro de Nossa Senhora da Assunção) e ao convento de Odivelas. Exilada em diversos conventos no reino de Castela, separada da família e sem meios de sustento, D. Filipa não cessou de escrever. Há vários argumentos a fundamentar a hipótese de as suas cartas terem sido apreendidas já no tempo da união das duas coroas e de esta filha de D. António ter sido afastada por D. Filipe I de Portugal. Nas cartas, leem-se alusões diretas à ausência de compaixão daquele monarca, frequentes queixas acerca das condições em que a freira se encontrava, além de a sua escrita evidenciar a adoção de léxico e expressões castelhanas. Uma sua irmã, D. Luísa de Portugal, igualmente freira, foi também desterrada para aquele reino, mas em regime separado.
A D. Filipa e à sua correspondência se refere Fernando Bouza Álvarez (2000); às duas irmãs, alude Jacqueline Hermann (2010).
A presente carta surge no corpo de outra carta (PS1095), de dona Filipa de Jesus para dona Constança de Noronha, abadessa.
Bibliografia:
Bouza Álvarez, Fernando (2000), "Cartas, traças e sátiras. Política, cultura e representações no Portugal dos Filipes 1580-1668", Portugal no Tempo dos Filipes, Lisboa, Cosmos, pp. 19-38.
Hermann, Jacqueline (2010), "Um rei indesejado: notas sobre a trajetória política de D. Antônio, Prior do Crato", Revista Brasileira de História, v. 30, nº 59, 2010, p. 141-166.
Private letter from dona Filipa de Jesus de Portugal, a nun, to dona Marta de Alpoim, a noble woman.
The author tells the addressee how she misses her, how she suffers in the Castilian exile and how needs news from Portugal.
Dona Filipa de Portugal was the daughter of Dom António prior do Crato, claimant of the Portuguese thrown during the succession crisis after the death of Dom Sebastião in 1578. When Felipe II of Spain was crowned king of Portugal, he allegedly persecuted the daughters of Dom António, arresting them in Castilian convents.
çididas
nh
ria
nha
tãtas
de
meira
to
culparde
meiro
tẽder
so
que
zão
creçe
gir
garia
res
dade
culpai