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meia folha de papel não dobrada, escrita no rosto e no verso.
mudança de coluna entre a fórmula de endereço e o início do texto.
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A autora dá a notícia de que está entregue das cartas e de que tem estado mal de saúde.
Reproduções não dispensam licença da DGARQ/TT.
Este processo diz respeito a Maria da Rosa de Morais, de 30 anos, conhecida também como Domingas Camela. Estando casada com Paulo de Freitas, homem pardo, oleiro, casou com Pascoal Rodrigues, pelo que foi acusada de bigamia, sendo presa a 20 de outubro de 1691. Fora-lhe dada sentença em auto-da-fé privado, de 23/02/1692: abjuração de leve, cárcere a arbítrio, ser açoitada publicamente, degredo por cinco anos para o Brasil, não voltar à cidade de Olinda, penitências espirituais, pagamento de custas.
Quando foi presa, Domingas da Rosa de Morais fazia vida marital com o segundo marido havia dois anos e estava casada há oito com o primeiro marido, de quem teve uma filha, Cosma de Freitas, e de quem tinha fugido há muitos anos, por causa dos maus tratos que lhe dera (curando-se das feridas que lhe foram feitas pelo mesmo em Pernambuco). No seu depoimento, a ré confessou que só se casou a segunda vez porque o cónego João Barreto lhe havia dito que procuraria saber do paradeiro do seu primeiro marido e que, após dois meses de procura, lhe confirmara que ele estava morto.
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