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meia folha de papel dobrada, escrita na primeira face e com o sobrescrito na última.
uma linha em branco entre a fórmula de endereço e o início do texto.
O autor transmite ao destinatário informação sobre o assento de casamento de Bartolomeu Rodrigues.
Reproduções não dispensam licença da DGARQ/TT.
Processo relativo a Bartolomeu Rodrigues, filho de Lourenço Rodrigues e Inês Coelho, mulato, cristão-velho de 50 anos de idade, ganadeiro, natural do lugar de Almendro, em Espanha, e morador na freguesia de Pedrógão, termo de Beja. O réu, também conhecido como Bartolomeu da Orta, foi acusado de bigamia por, estando casado com Susana Gomes Pereira, ter casado segunda vez com Domingas Gomes, crime que o levou à prisão a 12 de setembro de 1743. A sua primeira mulher, Susana Gomes Pereira, teria fugido para Badajoz para evitar os maus tratos do marido, tendo sido dada como morta pela família. Já de regresso a Lisboa, foi alertada pelo Padre Bento de Carvalho do segundo casamento do marido, informação que desencadeou a investigação do caso e resultou na denúncia do réu. Em auto-da-fé de 28 de junho de 1744, Bartolomeu Rodrigues foi condenado a abjuração de leve, degredo para Angola por 4 anos, instrução na fé católica, penitências espirituais e pagamento de custas.
Declaration letter from Aires António Vinagre, a church priest, to José Coelho, a head priest («prior»).
The author confirms to the addressee that he found the proof of a Church marriage.
Bartolomeu Rodrigues, mulatto, Old-Christian, also known as Bartolomeu de Orta, a cattle owner born in Spain, Almendro, and living in Southern Portugal, in Pedrógão, was accused of bigamy. His first wife had fled to Badajoz to avoid her husband's physical abuse and was believed to have died. She did not, though, and when she learned that he was remarried she had him prosecuted. He was sentenced by the Inquisition to an exile of 4 years in Angola.
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