O autor pede ao destinatário, um negociante, vinte e cinco moedas em papel para um companheiro que se encontra preso, ameaçando-o com violência.
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Snr Guerra Snr nos fomos 20 homens á sua caza pa nos dar todo aquelle di-
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nhro q tinha da siza, e assim faltou-nos a polvera ser mto fraca, se não havia
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mos de attaquar, e fazer em postas toda a Povoa de Varzim, e assim agora temos
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determinado não querendo V mce estar pelo q nesta lhe dezemos, q he mandar a
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hum Amigo nosso q se acha prezo em Lisboa, vinte, e cinco moedas em papel fe-
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chadas dentro de huma Carta pelo Corro para Lisboa, e quando assim não queira te-
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mos 40 bacamartes prontos, polvera, e bala, e todos cem montados a caVallo vamos
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attaquar toda a Povoa de Varzim, e a sua Caza, e a de ser de dia quando os pescadores
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tenhão ido pa o mar, porq temos espias nessa, apezar de por seu respto o nosso compa
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nro 20 ser imforcado, e o nosso Camarada João ficar sem a mão, isso não nos fas es
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morecer nem de serem os mais degradados, pois temos de hir á feira de Vizeo, e a
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outras partes, e agora conte se ahi formos pode ser q não fique com vida, e depois
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não se queixe.
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Dom Luis Espanhol inda cá existe assim lho partecipo, e todos os
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mais Espanhois, e Portugueses estão prontos.
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No cazo de querer mandar esta quantia
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em papel dentro de huma carta pa Lisboa debaixo do subescrito de Anto da Costa
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Vizeo asistente em Belem ao pé do Chafaris da Bolla beco dos Ingeitados, pois is-
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to se quer todo o segredo, e se houver alguma falcificação conte com perder a vida em
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qualquer sahida q fizer, e remettendo esta quantia ao nosso Amo conte q pode es-
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tar seguro, a sua Caza não torna a receber insulto algum isto lho afiançamos, e no
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cazo contrario lá nos tem, no cazo de não vir pelo Corro debaixo do nome q lhe deze-
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mos não se lhe aceita, e depois não se arrependa
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