O autor conta à mulher detalhes da sua vida na prisão, nos Açores, e pede que o apoiem e que ela o ajude a conseguir a liberdade.
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hesta não he pa mais que pa
lhe dar novas de
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[2] | myn que he fiquar de saude mas con mto tra
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[3] | balho na
prizão ha coal me fizerão a seu
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[4] | querimto he nela estou aguoardãodo por sua
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[5] | pesoa
pa me pedir ao sor bispo que tome co
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[6] | nxsimto deste cauzo he me sentensee com mi
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[7] | ziricordia he taoto que esta lhe for dada
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[8] | logo
com mta brevidade se avie com seu fo
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[9] | he me Venha Ver he negosear minha
soltu
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[10] | ra pois me fes prender he la escrevo a meu
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[11] | pai que me mãode saguoro pa me
livrar por
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[12] | que estou tão despezo que de duas camizas
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[13] | que tinha chegei a vender hũa tãoben pode
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[14] | dizer
a minha mai que me mãode o que lhe dei coão
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[15] | me Vyn que tenho estrema nesecidade he asin
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diga tãoben a minhas yrmas me favoresão de
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[17] | camizas porque estou não prizão he paso mal co
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[18] | ãto
a ela não tenho que lhe encareser senão que
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[19] | olhe que estou nesta prizão a quoal
e mto estrei
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[20] | ta he paso mal como asima digo he sendo
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[21] | cazo
que se não queira Vir ter commigo a resga
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[22] | tarme domde estou na primeira
pasage me
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[23] | mãode o meu fo com cosa com
que meu pai
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[24] | he mai he ela me mãodar porque não tendo
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[25] | logo quem me pesa ao sor
bispo estou en ris
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[26] | quo de me mãodar prezo a sidade de lisboa
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