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Maarten Janssen, 2014-

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1733. Carta não-autógrafa de António José de Andrade para o seu irmão, António Ribeiro de Andrade.

ResumenO autor escreve ao seu irmão a reclamar por não ter gostado de o ter visto como viu da última vez, a dar algumas novidades, como o falecimento de um tio de ambos, e a pedir notícias de uma mulher.
Autor(es) António José de Andrade
Destinatario(s) António Ribeiro de Andrade Velho            
Desde Portugal, Pinhel, Ribeira do Freixo
Para Portugal, Lisboa, Santa Apolónia
Contexto

Apesar de apenas se ter acesso a um fragmento do processo inquisitorial em que está inserida esta carta, parece tratar-se de um processo de bigamia, em que é acusado António Ribeiro de Andrade Velho. Esta está inclusa na "ratificação e crédito da denúncia de Manuel José de Andrade contra António Ribeiro de Andrade Velho" da Inquisição de Lisboa. A 13 de agosto de 1733, pediu audiência na Mesa do Santo Ofício Manuel Ribeiro de Andrade Velho, que disse ter-lhe sido dada uma carta em Ribeira do Freixo, Trancoso, por Filipe Ribeiro (seu tio, cunhado do acusado) para entregar em Lisboa a António Ribeiro de Andrade Velho. Tentando ele entregar a carta ao destinatário, não o conseguiu encontrar. Na morada de destino da carta encontrou uma mulher, perguntou-lhe se era casada com António Ribeiro de Andrade Velho e ela disse que sim, por isso teria deixado a carta com ela. Indo pela rua e perguntando a várias pessoas se o destinatário da correspondência era casado, iam-lhe dizendo que sim. Um sapateiro que ele já conhecia de antes afirmou que ouvira dizer que António Ribeiro de Andrade Velho tinha casado na Arruda, tendo depois ido com essa mulher para Lisboa. Ao ouvir estas palavras, Manuel José de Andrade percebeu que António Ribeiro de Andrade Velho, sendo já casado com uma prima sua em Vila Garcia, termo de Trancoso, estava casado na capital, pela segunda vez. Tornando ele à casa da tal mulher, pediu-lhe de volta a carta que lhe havia entregado, com o pretexto de que vinha um portador que a entregaria em mão ao destinatário, na feira de Santa Susana, entre Montejunto e o lugar do Tagarro, porque necessitava de resposta. Isto lho tinha recomendado o seu tio, que escrevera a carta. Quatro dias depois, foi entregar essa carta à Inquisição e descrever o acontecido. Apesar de ser pedida a certidão do segundo matrimónio, não foi encontrado o registo desse casamento com os nomes constantes no processo. O denunciante afirmou que talvez António Ribeiro de Andrade Velho se tivesse casado com o nome falso Filipe Ribeiro, mas não há mais documentação disponível.

A morada de origem que está no sobrescrito é a do portador e não a do autor da carta.

O escriba é um sobrinho do destinatário, provavelmente filho do autor da carta.

Soporte meia folha de papel dobrada, escrita no rosto do primeiro fólio e no verso do segundo.
Archivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fondo Inquisição de Lisboa
Referencia archivística Processo 15471
Folios 5v-[6a]r
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2315578
Transcripción Mariana Gomes
Revisión principal Catarina Carvalheiro
Contextualización Mariana Gomes
Normalización Catarina Carvalheiro
Fecha de transcipción2015

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Meu irmão estimarei q es

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tas duas rreguras achem com aq
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uela saude que te dezejo e eu fi
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quo com ela pa tudo aquylo q for
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de teu cervo e teu irmão mano
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el frz e tuas irmans se reco
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mendam com mutas lembran
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cas e mutas saudades e teos sobri
[9]
nhos todos vim desa cor
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te vim muto mal sastifeito por
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te achar do modo que te achei que
[12]
dei lembrancas a quem por ti
[13]
perguntou principal o padre
[14]
joam rribeiro que gustou muto
[15]
de ouvir novas tuas de la veio o fo
[16]
de antonio frz veio das minas
[17]
pelo que dizem com muto gur
[18]
ande cabedasl e la vai pa esa cor
[19]
te la te dara novas q ogue par ca
[20]
vai a novide que te mando ja mo
[21]
rei noso tio joan pires e com isto
[22]
ds gde a vmce mos anos
[23]
Nom rrepares em a carta não ir bem notada
[24]
isto fes teu sobrinho antonio aos vinte de ju
[25]
lho na era de 1733

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