A autora dá notícias, uma das quais que se encontra num convento de recolhidas, e pede notícias do ex-marido, em relação ao qual expressa ódio, pois já tinha uma mulher quando com ela se casou, desejando-lhe a morte. Aproveita para enviar uns pós de amor, dando instruções de utilização.
[1] |
Snra Catarina munto do meu coracão es
|
---|
[2] | timarei q estas axem a snra desfruaando
|
---|
[3] | huma caude ugual a meu dezejo em com
|
---|
[4] | panhia do Snr vicente e de todos de caza
|
---|
[5] | q eu de caude fico para em tudo lhe dar
|
---|
[6] | gosto Snra eu não ter escrevido a mais
|
---|
[7] | tempa he por não ter tido noticia das
|
---|
[8] | barcas deca tera mas agora q tive noticia
|
---|
[9] | q escreveu a minha tia e que ahi estava
|
---|
[10] | o ceu francisco foi gosto de iscrever a vmce
|
---|
[11] | porque he portador propio eu aqui me axo
|
---|
[12] | nesta tera em hum comvento de recolhidas
|
---|
[13] | pois me parece q não poco estar em parte me
|
---|
[14] | lhor já q a minha corte acim permite vmce
|
---|
[15] | Me mande dizer as noticias do meu diabo ce
|
---|
[16] | ainda não foi para o emferno pois eu vim
|
---|
[17] | pera Lisboa para caber as pruesas q ele
|
---|
[18] | fes pois bem cabe vmce||merce q toda a noticia
|
---|
[19] | q avia eu não me queria capacitar q da
|
---|
[20] | quele corpo caise tantas pruezas q eu
|
---|
[21] | ainda o podia livar como ce tem levar
|
---|
[22] | do muntos dos mesmos crimes mas ago
|
---|
[23] | ra digo ce nd ce não ha la algozes para
|
---|
[24] | o emforcar q eu cerei o propio algos pois
|
---|
[25] | ele acim o merece tanto de me agarar
|
---|
[26] | a mim como de matar a otra mezara
|
---|
[27] | vel pois em cimelhente couza mas vale
|
---|
[28] | não falar nelas vmce fara o favor de
|
---|