O autor escreve a responder a correio anterior remetido por Leonor, com alusão a Margarida de Jesus, a Feia, a qual fora acusada de cometer, precisamente, atos desonestos com este seu confessor.
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Ss Ma
Minha mto amada Filha, eu não sei com que rezão
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te podes queixar de mim, de te não escrever quando
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eu parese te não tenho faltado, e se algũa ves falto
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he ou porq estou fora, a pregar, ou tenho que est
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udar, q emte gora não o deixei de fazer por fal
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ta de saude, seja Ds louvado, q tanto com ella me tem
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asistido, e agora com ella fico, pa como Pai te fazer
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o gosto em tudo o que for de tua concolação: eu a ti
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ve grande de fallares na materia, com dezafogo, q
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só assim mostras q hes filha, tambem como a Ma
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rga q so tu e ella tens essa licenca como filhas
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q com as outras, nem hũa palavra fallo em tal ma
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teria, e só te digo q a tua cabeca se há de hir
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temperando das dores q Ds asim mo tem mostra
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do pa com a Mga em que te falei largamte; pois so
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ella e tu, tomastes as couzas q ainda estão como
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vierão, e hão de estar, e não dizistas do caminho
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da oba por mais q o meu moso cuide em to tirar
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e te mando continues nos teus exercicios como emte gora
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vão se pondo diante qualquer embaraço asim pa me di
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zeres tudo o q pasas como pa tudo o mais, q asim o q
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ver Ds a quem vive debaixo da oba tambem sinto
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a morte da mosa, pella falta q fas, mas como he vo
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ntade de Ds não temos senão conformarnos com ella
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q eu asim o faco da morte de meu Pai, e asim o
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tenho mandado dizer, a minha gente, q tive no
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vas q andão de saude, e a Alves q faca o mesmo
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e a licenca q me pedes ta não dou senão q venh
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as pa caza como vinhas, q iso hé o moso q quer a
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gora por elle caminho trazerte por fora mais te
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mpo, pa por ese caminho te turbar, eu é quanto
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elle tem buscado, pa te afligir, e ainda há de
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