PT | EN | ES

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1759. Carta de João Correia de Araújo Santiago para o seu irmão, António Correia de Araújo Portugal, entalhador.

Autor(es) João Correia de Araújo Santiago      
Destinatário(s) António Correia de Araújo Portugal      
In English

Family letter from João Correia de Araújo Santiago to his brother, António Correia de Araújo Portugal, wood carver.

The author asks his brother to tell him what to do about their business, and to send him some money and oxen, if he can.

The defendant in this process is António de Araújo Correia Portugal, a wood carver, 52 years old. He was accused of bigamy, since his first wife, Felipa Maria, was still alive in Portugal when he got married in Brasil, where he lived for almost twenty years. In 1759, he confessed his crimes to the Inquisition, although claiming in his defense that someone had told him that his first wife was dead. That was why he thought he could marry Joana Rodrigues do Ó, from whom he separated as soon as he received some letters saying his first wife was alive. These letters also explain where the mistake came from: in fact, it was his brother's wife who had passed away, and someone had spread the wrong information. He was then sentenced to five years of exile in Castro Marim, spiritual penances and the payment of the process costs.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Page 40r > 40v

[1]
Meu Ir e Snr

Receby huã carta de vm pelo Natal passado, a ql mto

[2]
estimey, por vèr lograva vmce saude perfeita.

[3]

Vejo o que vmce me diz a respeito de Portugal: de

[4]
propozito fui a Ba, e as novides de as verá vmce na in
[5]
cluza: lhe explico o engano, q vmce teve pa se cazar.
[6]
Sobindo Diogo de Abreo da Praya a Praça, topouse com
[7]
Pedro Barboza, e lhe disse o Diogo estas formaes razoens: o
[8]
magante q está em Prapicurù, ou anda, podesse cazar; por
[9]
que lhe morreo a molher em Portugal. Entendeo o Barboza,
[10]
q fallava com vmce, por cauza de lhe ficar vmce devendo, q
[11]
por isso lhe dava o epỹteto de maganete; porêm elle
[12]
fallava commigo, qm qm falleceo foy ma companhra; adescen
[13]
do o Barba por caza de Theodozio Machado, lhe disse, que
[14]
vmce podia se cazar, q sua mer era morta; e por isso he, que
[15]
Theodozio Machado foy la a esse ijaquaribe com essa vòz,
[16]
publica e vm, e mais o Vizor levados da pouca informação
[17]
se cazou vmce: porêm alto: ao por fazer, conselho; e ao feito, re
[18]
medio. Vay a carta de Pedro Barba pa vmce por ella vér
[19]
com se ha de arrumar.

[20]

Tãobem vejo vmce mandar-me dizer, q lhe saiba

[21]
dos seos creditos, q trouxe Mel da Costa: e elles lhe não pos
[22]
so dàr sahida, porque estão em mão do Corregedor, q lhos en
[23]
tregou Mel da Costa, por huã pinhora, q elle fèz nelles, e na
[24]
Fazda dos campinhos: e querendo pòr a Fazda dos campinhos na
[25]
Praça, Mel Frra pedio vinte por parte da penhora de Mau
[26]
ricio de Carvalho, estâ na cide correndo pleito sobre isso;
[27]
a ditta penhora foy feita pelos auztes, pelos bens, q vmce tenha
[28]
em seo poder do Defunto Mel de bayrros; e ainda, que eu
[29]
queira dar algum remo a isso, não tenho o Rol dos bens do do De
[30]
funto, nem sei delle, q a saber, poderia se segurar quanto
[31]
bastasse pa pagar o importe dos dos bens, e não fazer huã se
[32]
gurança tamanha, pa tão poucos bens. Os mais, que ficarão
[33]
pela villa, andão por huãs mezas. Em Jeromuabo, o Rdo

Representação em textoWordcloudRepresentação em facsímilePageflow viewVisualização das frases