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1822. Carta de Álvaro José Xavier Botelho, Conde de São Miguel, para João da Rosa Leitão, negociante.

SummaryO autor pede a João Leitão que lhe envie umas apólices para concluir um negócio.
Author(s) Álvaro José Xavier Botelho
Addressee(s) João da Rosa Leitão            
From Portugal, Lisboa
To S.l.
Context

O Conde de São Miguel tinha uma dívida para com João da Rosa Leitão, relativa não só a dinheiro, emprestado para arranjos e urgências da casa, mas também a benfeitorias feitas no seu Palácio de Arroios. Como pagamento de parte desta dívida, o conde cedeu a João da Rosa vinte e nove apólices do primeiro empréstimo, no valor de 5.421.150 réis. O devedor declarou ainda que as apólices pertenciam a um vínculo que ele administrava e que já havia requerido pela estação competente a sub-rogação das mesmas pelas benfeitorias do seu Palácio, nas Fontainhas de Arroios. Verificada a dita sub-rogação, ficaria pela mesma escritura verificada a cessão e trespasse das ditas apólices, que foram logo entregues ao suplicante. O conde mandou então pedir as apólices a João Leitão, e este entregou-as ao seu procurador, António Roberto, como consta do recibo, no verso da mesma carta. Assim que o conde as obteve, foi logo vendê-las a várias pessoas, incorrendo no crime de burlão, abusando da boa-fé do suplicante, em seu grave e notório prejuízo.

Support meia folha de papel dobrada, escrita numa das faces
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Processos-Crime
Archival Reference Letra J, Maço 258, Número 10, Caixa 666, Caderno [1]
Folios 11r
Transcription Leonor Tavares
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization Leonor Tavares
Standardization Sandra Antunes
POS annotation Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Transcription date2007

Page 11r

[1]
a noite: presiso que vme me mande as
[2]
appolices a fim de ver se hoje posso concluir
[3]
o negocio, que se fassa a Escritura, e se lhe
[4]
ponhão as verbas, e pertence nas appolices
[5]
a mim para eu ao despois as endoçar a
[6]
vme: não tenho descançado neste negocio
[7]
tanto por interesse seu, como meu, pois
[8]
estou sem real, se tem algum dinheiro
[9]
ou pouco ou mto mandemo, e amanhaã
[10]
faremos contas, e logo que as appolices
[11]
estejão promptas as levo a vme

amigo do C
[12]
Conde de S Miguel
[13]
20 de Dezero
[14]
1822.

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