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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1592. Carta de Inês Fernandes para o primo, João Gonçalves, mestre de engenho de açúcar.

Autor(es)

Inês Fernandes      

Destinatário(s)

João Gonçalves                        

Resumo

A autora dá notícias ao primo, pai do seu filho, sobre a sua condição e a dos familiares. Alegando que ela e o filho passam fome, pede-lhe que ele lhe envie licença e provisão para que ela possa embarcar para junto dele.
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[1]
Snor

como muyto de dezeyo ha de saber novas suas não me emfa

[2]
do d escrever por todas as vias estando este navio pera pa
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rtyr fys estas Reguras aventura como outras muytas q
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temho feytas sem numqua saber novas suas não sey em q
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ponha tamto descuydo quanto vosa merce tem torno a cuydar
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que o tem ja por descuydo pecolhe por amor de noso snor e pol
[7]
a alma de sua may que se alembre de huã orfam tam dezemp
[8]
arada e de seu filho que pasa muytos bocados de fome
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porque muyto bem sabe vosa merce que não tenho parente nen p
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arenta que me seya bom com nada porque seu prymo gaspar
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delgado me neguou o asinado que ele me qua deyxou se o ty
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vera aRecadarao rque deve por ele ja aguora não a ningem
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em que se as pesoas comfiem seu prymo domingos sardyn
[14]
ha he mestre e senhoryo do emjenho do xyoll e asim te
[15]
m todos muyto Remedyo asym no tyvera vosa merce
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em yr fora do seu naturall se vossa merce não termina
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de vyr este ano mandeme licemca e provizam com que
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pague a ãto baradas mynhas tyas yzabell sardynha
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me emprestou des mill reys pera lhe dar aguora lhe
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devo a demazya se me vossa merce mandar a llycem
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ca pa yr ja me embarcara não faltara parente
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que fora comyguo e asim o ey de fazer se vossa merce es
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te ano se não vem porque ja não poso sofryr tantoss
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trabalhos porque não poso guanhar mays que pera a
[25]
caza de lugell e a quanto he mynha tya ja não tem que
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m lhe pague novas de seus yrmaos amos nosos am
[27]
bos estam com pero sardynha sua yrmãn a caza
[28]
da esta muyto bem com dous menynoss

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