PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Facsimile Lines

1633. Carta não autógrafa de André Coelho, capitão do forte de Aguada em Goa, para Dom Francisco da Gama, 4.º Conde da Vidigueira, antigo Vice-rei da Índia.

Author(s) André Coelho      
Addressee(s) Dom Francisco da Gama      
In English

Justification letter sent by André Coelho, the captain of the Aguada fort in Goa, to Dom Francisco da Gama, the 4th Count of Vidigueira, a former Viceroy of India

The author justifies his lack of reports on the grounds of the difficult mission he has as a fortress captain.

The captain André Coelho, the letter's author, went to India in 1611 and served there for many years. Since 1612 he was made captain of Goa's Aguada Fort. In 1621 he wrote a Report on the Dutch fortresses, prisons and commercial establishments ("feitorias"). In 1634 he traded with the Dutch an exchange of prisoners. He also fought constantly in the conquests of India. Dom Francisco da Gama, the letter's addressee, was the Viceroy of India in two periods (1597-1600, 1622-1628). By the end of his life he fell into disgrace regarding the king, Filipe III. He died in Oropesa in 1632, so he never got the letter, which was written one year after.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Page 399 > 400

[1]
[2]

Não fuy nunqua humisido contra o serviço de V xa pera me não honrrar e favoreser

[3]
Cartas tam gerais, a tantos que não são tão captivos de V xa nem en tão presizas o
[4]
briguaçõis, que conheço as merçes honrras, luguares tão aventejados en que V xa
[5]
nestas partes me ocupou sempre, despachos, dinidades do foro, habito de xpo q V xa
[6]
me fes merçe de aquerir de sua magestade, como pode inorar homẽ tão honrrado
[7]
como eu faltar com o conhesimto desta verdade-

[8]

devia V xa com grande consideração comsultar donde devião naser estas couzas, nẽ

[9]
faltarẽ meios odeozos que na yndia por nosos peccados são tão continos e sertos,
[10]
quanto eu sentidiçimo não estar em goa coando V xa foy pa o Reino, porq pre
[11]
zente manifestara p obras a fedelidade de meu animo, e fuy sempre muy ver
[12]
dadro criado honrrado e valente, porque ainda este anno e nesta barra se quis
[13]
Paullo Rabelo ouvidor geral com a vara na mão e juis das ordens e tão favoreçido
[14]
do snor conde v rey desautorizarçe comigo sobre o Inquisidor João delgado figueira,
[15]
lhe não guardey respto nẽ autoridade de luguares pa me aRamesar a elle com
[16]
as armas que de prezente tinha, que forão as mãos, e lhe dey hua grande bofe
[17]
tada, e lhe repeley as barbas, e queixadas, na urqua en que mel mascarenhas homẽ
[18]
avia chegado do Reino, ante muitos fidalguos e gente nobre, e quem isto desta hi
[19]
dade fas, coanto se aventajará em serviço de V xa e de suas cousas, com os milho
[20]
res monarquas da India, ouve sobre esta ocazião averem me de prender. o snor
[21]
conde consultou isto com algũs fidalgos que lhe diserão que paullo rabelo fora
[22]
o agresor. e de prepozito me foy demandar pa este efeito. e não ser tãobem sobre
[23]
materias do offiçio, e o não ter V xa todos estes anos cartas foy po an
[24]
dar ocupado de ordinro nas ocaziõis do serviço de sua Magde, e nas do sul, com Nu
[25]
n alvares botelho e recuperação da conquista e Ilha de ceilão, milhoria de tres an
[26]
nos, aonde asisty com tantas despezas e en tão asinaladas vitorias, e não menos
[27]
grandioza em chegar a goa, com todos os navios de meu carguo a salvamto avendo
[28]
partido desta barra em 22 de septembro de 1629 e recolhido no fim de Abril
[29]
de 1632, e se conheço ser feitura de V xa bem he que o seja athe o cabo que
[30]
não he justo tantos e tão grandes serviços po falta de não ter nesse reino quem
[31]
se compadessa delles po me serẽ mortos todos meus amigos e parentes, viver a esse
[32]
respto tão pobre, hũa opressão tão pequena desta prasa d auguada, que não

Text viewWordcloudFacsimile viewPageflow viewSentence view