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1792. Carta de Mariana Teresa para a sua irmã, Maria Angélica.

ResumenA autora conta à irmã como ficou desamparada e como vive por favor em casa de uma senhora. Pede-lhe ainda que a ajude e a mande buscar.
Autor(es) Mariana Teresa
Destinatario(s) Maria Angélica            
Desde Portugal, Braga, Telheirinho de Sta. Catarina do Monte
Para Portugal, Lisboa
Contexto

Segundo o processo, Gregório José Machado era sombreireiro, filho natural de Pedro Machado e de uma mulher de nome Rosa, casado com Maria Teresa de Almeida moradora no Montinho de Arcos, freguesia de S. Vítor da cidade de Braga. Sendo viva a primeira mulher, casou de novo com Catarina de Jesus, natural de Mazagão. Ao que consta, terá sido feita uma diligência para averiguar a acusação de bigamia, e dela resultou o conhecimento de que Gregório José Machado já teria cumprido dois degredos pelo crime de latrocínio, e que quando voltou do segundo degredo, levou com ele três filhos para Lisboa, onde veio a falecer. Procurando saber em que freguesia ou hospital falecera, descobriu-se que tinha uma filha, Maria Angélica, que disse que o pai costumava escrever-lhe, mas que já não o fazia havia pelo menos quatro meses. Disse também que havia pouco tempo tinha recebido uma carta da irmã Mariana Teresa (a carta que se encontra aqui transcrita), mas que não sabia se era verdadeira ou não. Mais tarde, um dos filhos confirmou tudo, incluindo a morte de Gregório José Machado.

Dentro do fundo do Tribunal do Santo Ofício existem as coleções de Cadernos do Promotor das inquisições de Lisboa, Évora e Coimbra. O seu âmbito é principalmente o da recolha de acusações de heresia. A partir de tais acusações, o promotor do Santo Ofício decidia proceder ou não a mais diligências, no sentido de mover processos a alguns dos acusados. Denúncias, confissões, cartas de comissários e familiares e instrução de processos são algumas das tipologias documentais que se podem encontrar nestes Cadernos. Quanto ao crime nefando e à solicitação, são culpas que não estão normalmente referidas nestes livros.

Soporte meia folha de papel dobrada escrita em três faces.
Archivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fondo Inquisição de Coimbra, Cadernos do Promotor
Referencia archivística Livro 418
Folios 345r-v, [345a]r
Transcripción Leonor Tavares
Contextualización Leonor Tavares
Normalización Raïssa Gillier
Anotación POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Fecha de transcipción2008

Sentence s-3 Mana do Coracão sebera q me haxo no maior dezemParo q nemgem se quira ver pois não tinha abrigo de Pai Pois ele he morto nem de nigem tem abrigo
Sentence s-4 Pois atonio dis q se eu quizese escrever q escrevese
Sentence s-5 Pois ele esta em huma caza de miai emPrestada Pois ela fiCou Por irdeiRa testamenteira de tudo quanto o Pai tinha e a mim dezidarme nim em mi me falou
Sentence s-6 asim estava tordozido Por ela q me não me não Podia ver
Sentence s-7 asim me haxo em huma caza nem estou Por soldada nem deixo de estar
Sentence s-8 tratame como filha da caza mas temese dos outos Porq estou mto desPrezilve
Sentence s-9 não me deo mais nada do q a saia de xita
Sentence s-10 andome servindo com o fato da dona da caza
Sentence s-11 e asim esPero a Resposta desta
Sentence s-12 e asim vmce como esta em loga de mem asim veja vmce se manda ir Para esa tera
Sentence s-13 e asim esPero Pela a RerPosta Pois a antonio des ta q o pai sedeo a sePoltura numca mais me Porcurou
Sentence s-17 Mande me a Rerposta
Sentence s-18 quanto mais dePresa milhor
Sentence s-19 ReMete a Carta pa o teireirinho de Sta Cathirina de monte sinal dentro em hum cintalhino Remetida a mariana geliCa

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