Este processo diz respeito a Manuel de Aragão Costa, presbítero do hábito de São Pedro e confessor do Recolhimento de São João Batista. Acusado de solicitação a três mulheres do Recolhimento, o réu não chegou a ser condenado, sendo solto a 9 de março de 1768.
Rita Gertrudes (autora e destinatária das cartas) estava muito doente e recolhida no Recolhimento de São João Batista de Tavira há cinco anos, onde foi ouvida em confissão pelo réu. Segundo ela, na Quaresma de 1767, o padre terá encostado a sua cara à dela, posto uma de suas mãos entre as suas, destapado parte do seu corpo, chorado e dito algumas coisas menos normais. Depois do acontecido, Rita Gertrudes contou o sucedido ao padre pregador Manuel dos Santos, que a aconselhou a fazer um escrito (PSCR0540) para remediar a situação, o qual teve resposta por parte do réu (PSCR0539). Como a denunciante estava para voltar para a sua terra, duas semanas depois escreveu a carta ao prior (PSCR0538) e voltou para a aldeia de Reguengos. Francisco Xavier Coelho de Mira, prior e notário de Tavira, foi quem enviou as cartas à Mesa da Inquisição, à exceção de uma (PSCR0537), a qual foi apresentada pelo próprio réu.