Eventos | além de diplomata, gramático, historiador, cartógrafo, piloto, teórico de guerra e de construção naval, foi clérigo. Filho de um juiz dos órfãos em Pedrógão, iniciou os estudos no Convento Dominicano de Évora, onde foi discípulo de André de Resende; ao abandonar o convento, rumou a Espanha; à data da publicação da Gramática da Linguagem Portuguesa (1536), encontrava-se em Lisboa; no início da década de 1540 voltou a Espanha e depois partiu para Itália e Inglaterra; estas deslocações seriam missões diplomáticas secretas, ao serviço do rei, nomeadamente face à questão da Santa Sé relativa para com os cristãos-novos; em 1543, regressou a Portugal, onde foi ameaçado de ser denunciado ao Tribunal da Santa Inquisição, por heresia; em 1545, temendo a perseguição do Santo Ofício, Fernão de Oliveira deixou o sacerdócio e fugiu para a França, onde se alistou como soldado e serviu na guerra contra a Inglaterra; frequentando a Corte de Henrique VIII, cujo reconhecimento lhe veio a custar um processo na Inquisição Portuguesa, por opiniões pessoais e conduta religiosa, tendo estado preso de 1547 a 1550; em 1551, o cardeal D. Henrique concedeu-lhe a liberdade, sob a condição de não se ausentar do país sem a sua autorização; nomeado revisor tipográfico da Universidade de Coimbra em 1554 por D. João III, onde ensinou Retórica; voltou a ser preso entre 1555-1557. |
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