A autora queixa-se da situação em que o marido a deixou, defende a sua honra e mostra-se admirada perante os reparos que a destinatária lhe fez.
[1] | Deste homem, senão dezamor e Crueldade, e Como me ha
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[2] | via eu de por a Caminho sem mais averiguacão alguã à
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[3] | morte he fe a minha thia e por recados podem haver
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[4] | traiçoes q he o q se espera de qm Vive mal encaminhado
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[5] | não pello meu mao proçedimto pois he tão bello como vm
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[6] | pode mandarçe informar de todo este povo adonde
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[7] | asisto, e desta çide q athe as mesmas Crianças hão de falar
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[8] | à meu favor e pa vme milhor tirar esta informação
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[9] | querendo eu asisto em caza de huã honrada mulher
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[10] | Vivendo com suas filhas no bairro de Santo André ao
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[11] | pé da cide de Leiria isto suposto eu estou prompta
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[12] | pa fazer cobrar o q vme me detreminar e como o sr cappam
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[13] | Frco Vieira falou com meu marido, elle saberá o mo
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[14] | do com q o achou q Ds premita abrirlhe os olhos da Al
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[15] | ma, pa q a sua Alma se não perca q só Ds sabe o amor
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[16] | q eu lhe tenho e o cuido com q sempre estou nelle Ds lhe
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[17] | acuda e desta espero Logo respta e vme me dará mtas saudes
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[18] | a Sra Maria de Jezus e a minha cunhada Maria, e a todos
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[19] | q por mim perguntarem não esquecendo a Jozepha e a
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[20] | Ds q gde a vme ms anns
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[21] |
Bairro de Santo Andre da
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[22] | Cidade de Leiria
de Novro 13 de 1753
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[23] |
De vme Sobra mais amte
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