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Maarten Janssen, 2014-

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1829. Carta não autógrafa de Domingos Antunes Araújo Brandão, cónego de Faro, para José Eduardo César, juiz de fora.

Autor(es)

Domingos Antunes Araújo Brandão      

Destinatário(s)

José Eduardo César                        

Resumo

O autor, que tinha sido alvo de um roubo e do qual já havia sido parcialmente ressarcido, apresenta queixa ao juiz de fora, referindo que muitos outros bens ficaram por resgatar.

Texto: -


[1]
Illmo Sor Dor Juiz de Fora
[2]
Acho do meu dever partecipar a VSa que o dinheiro do robo que me foi feito e que judicialmente foi aprihendido pelas sabias e activas providencias que VSa deu me foi intregue, e com ifeito o recebi;
[3]
porem aviriguando miudamente o todo de robo que se me fez, acho que secenta a setenta moedas de quatro mil e oitocentos reis cada huma que tinha guardo na minha papeleira das mezadas de meu beneficio, tambem forão robadas e não aparecerão e nesta quantia me acho lezado;
[4]
assim como as doze peças de sette mil quinhentos reis que eu declarei que tambem não aparecerão, e os cordoins de ouro que tinha empenhados de que era dono o Hortalão Pedro Roiz Taveira, o qual poderá declarar o seu valor, e mais faltarão todas as otras peças de ouro que tambem declarei;
[5]
achando agora a falta de humas fivelas de prata de calção com xarneira da mesma prata;
[6]
e tambem imcontro faltarem me alguns talegos que tinha com sertas proçoens de dinheiro, que não posso dizer o quanto mas o seu vallor não deixa de ser de alguma consederação:
[7]
o que tudo partecipo a VSa para sua judicial intelejencia.
[8]
Deos Gde a VSa ms anns
[9]
Caza 27 de Abril de 1829
[10]
De VSa Mto Attmto Vor e Obrigdo Domingos Antunes Araujo Brandão

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