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Maarten Janssen, 2014-

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1833. Carta de João Baptista de So. para destinatário não identificado, auditor da Marinha.

Autor(es)

João Baptista de So.      

Destinatario(s)

Anónimo542                        

Resumen

O autor, um realista convicto, troça do destinatário, advogado de um falsário que não conseguiu fugir para França e acabou preso.

Texto: -


[1]
O Roza á de me apanhar qdo hum corno indireitar
[2]
o corcunda Pato caio na Ratoeira nem hum Rato
[3]
gosto de ver os corcundas exmagadrem huns aos outros
[4]
ja que o brejeiro Rebelde que está prezo não quis obedecer ao Sr D P nem Receber a gratefiçação que lhe dava Carlota em Brest não querendo gozar da Leberde Franceza justo que conheça o despotismo escravidão e o premio dos tiranos pa que conheça o meu Poder pois de Breste asim o Recomendavão
[5]
agora sim que a vingança esta completa estamos Sostifeitos
[6]
não queremos que digão os Liberais tãobem são tiranos
[7]
demos isso a quem lhe pertençe
[8]
o dono da procuração sabia que eu queria pilhar o denheiro
[9]
o P B não quer quer dar metade:
[10]
falo verdade
[11]
Eu tudo fiz e tudo sei
[12]
a letra de ambos emitei para exmagar hum Rebelde
[13]
con todo gosto trabalhei
[14]
Gloria Semelhante Jamais terei
[15]
estupedos
[16]
não se ademirem pois quem sabe dezinhar a couza mais defecille ha de imitar qto mais letras cingillas como são ellas
[17]
huns amigos de tudo ja me havião avizado mais como o medo pouco quis dar conta do Recado
[18]
ágora não se encomodem nem me procurem pois eu lhe digo aonde moro
[19]
estou a bordo da Fragata Franceza Melpómene e debaixo da Proteção da França como tal natorelizado
[20]
la vou á Terra sem Jtusto pois se me prenderem me Soltarão Senão...
[21]
nada mais digo
[22]
ca espero toda á Rebeldia para melhor oucazião pois será breve.
[23]
João Bapta de So Incaro de Nego de S Mge A R

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