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Maarten Janssen, 2014-

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1763. Carta de João Ribeiro Coelho, licenciado, para António de Sá Tinoco, cirurgião.

Author(s) João Ribeiro Coelho      
Addressee(s) António de Sá Tinoco      
In English

Private letter written by the attorney João Ribeiro Coelho to António de Sá Tinoco, a surgeon.

The author supports his addressee in his misfortune, since he is the victim of unfair accusations, and tries to instill courage on him.

A priest in Rio das Mortes (Minas Gerais, Brazil) accused a surgeon, António de Sá Tinoco, of attempting against the 6th Commandment: he accused him of having a mistress, a creole woman, and of creating scandal around him, both by his conduct and by his sayings. Many witnesses, including monks, presented themselves to defend the surgeon, who was taken by the population as a kind man who gave money and free medicine to the poor. Suspicion fell on the plaintif, who had a brother who was also a surgeon and would get the monopoly of the trade if António de Sá Tinoco was found guilty.

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Text: -


[1]
Snor Ldo Antonio de Saa Tinoco
[2]
Não posso Serteficarlhe Coanto Sinto, e tenho Sentido a sua imfamia, q lhe tem acomulado, os meus, e seus emnemigos:
[3]
porem como Deos a suma verde, padeço eu e vmce por ella, e os Leibozos se vão descobrindo as suas falcides, como bem notorias por todos estes mimos; pello q a mim e a vmce tem feito
[4]
Espero em Deos nos vejamos, porque de premitir darlhe vida, e a mim soltura pa mostrarmos ao mundo, q os Emnemigos por vinganca pa mim com testas falssas se valem da Lei novisima, q foi instetoida pa bom Regimem dos vaçallos, e se valem della pa vingança dos emnemigos, e a vmce o q lhe acomulao, em que tambem me culpao, coando me comvidarão, o sr vigro pa dizer o q não disse e so o que ouvi, e a verde sem ofença no q se lhe emputta, q a vmce numca ouvi a essa vós emtroduzir os mesmos q nos culparão.= Deos de a vmce passiencia
[5]
eu estou pa arezoar o final, q não temo, porque a verde está bem provada emthe por testas dos mesmos emnemigos,
[6]
e tudo o que dis respto aos particulares seus q que la tem, dandome Deos a soltura que que espero, são meus pa obrar o q vmce mereçe.
[7]
espero Alvará da Relacão, porq o sor ouvor emformou a mesma,
[8]
e agora Escrevo a Jozé, q pa foi pa a fianca, q me prometeo qando seja necessro dalla:
[9]
e tenha firmesa em Deos q de acudir com a verde
[10]
Deos o leve e traga a salvamto; como no mesmo sor Espero.
[11]
vila de S Jozé a 8 de Julho 1762
[12]
De vmce Mto Amte A Joam Ribro Coelho
[13]
prezte se achou o Amo Thomas Jozé dessas e se mda mto a vmce, q por ser de noute lhe não escreve, mas q desponha delle o q for servo, q pa tudo fica com os Braços aberttos. etc

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