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1567. Carta de Francisco Dias Mendes para Diogo Mendes Peixoto, seu sobrinho.
Author(s)
Francisco Dias Mendes
Addressee(s)
Diogo Mendes Peixoto
Summary
O autor queixa-se do comportamento de Heitor Mendes, seu filho.
a merce q lhe ds niso fez tudo a fim de me llevar minha fazda
pa sy p qlqr modo q podese p o tirar daqelle preposito he
cõtumacia asẽtamos lhe ẽprestase o moco pa mãdar a bizcaia
como mãdou Recadar a ẽprega q la tinha fco he não pa
o tirar de mÿ pois ds seja louvado tenho neçesidade delle he
doutro e agora pos ẽ pee de vdade q eu lho asoldadara e
me pagara a soldada delle nas cõtas q fizemos ds
jurado fallso testemunho e de maa gẽte pq se eu tal
pmetera eu o cumpryra e minha molher o mesmo ainda q
Relevara toda minha fazda e a vdade he q elle não a
via tãto polo moco como tinha aReçeo q me daria cõta
do q Recado ẽ bizcaia de minha fazda e se ficou devẽdo pq
elle o tinha avysado q nã viese p esta villa nẽ me mostrase
is Roles e papeis q trouxes segũdo o moco declarou p
juramto q lhe foi dado e p eu estar imcerto do q lhe elle tinha
dito dise a minha molher ao tempo q de lla vim q tãto q
o moco viese de bizcaia se nã viese p esta villa mo mãdase
logo p ter delle necesidade e sua may quãdo me aquy viu
dise q lhe dese cõta de seu filho e fazia gritos e cousas q
não levavã mo e eu me queyxey qua mto cõ minha molher p nã
fazer o q lhe eu dise e mãdar o moco logo como chegou a esa
cidade e nã qallarse ate o tpo de sua vinda e meu filho
ẽ vez de a omRar e animar e fazer mimos como os filhos
de bemcã são obrigados fazer a afrontou dizendo lhe maas
pallavras de modo que sayu de sua casa como ds sabe
chorãdo pelo caminho e gemẽdo delle e prouvera ds q lhe
disera ella o q elle merecia e a lleixou vir sẽ a querer
acompanhar e não fora mto vir cõ ela hũa ou duas jorna
das e asi o cuidavã nesta villa dizẽdo ẽ cõtrairo da vda
de q eu lhe asoldadara o moco e q elle q o vistira e qalca
ra e q bem paga vinha a soldada e ella vẽdose asi a
gastada delle e q tudo era mïtyra lhe mãdou o pelote he
botas q elle tinha dado ao moco do chafaris d aRoios p
eitor mẽdiz meu sobrinho q lho tornou a casa q tudo vallia
qaisy nada e eu pagey a soldada p elle de quatro meses
q o provio e aimda q lho ella lla deixara o q ela nã podia
fazer elle se ouvera nesa ira de vir pq nã quere morar ẽ
lxa p nhũ presoo nẽ sua may tal ouvera de cõsimtir de modo
q todo seu negocio hera pq o moco nã viese dar cõta como
deu do q pasava ẽ bizcaia como diguo de modo q ele cõ
tra minha vontade husurpou de minha fazemda
dous mill he cẽto he qorẽta he hũ cruzados como vm vera