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Maarten Janssen, 2014-

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1556. Carta de Rafael Fernandes para Henrique Lobo.

SummaryO autor dá instruções sobre o que o destinatário deve confessar à Inquisição.
Author(s) Rafael Fernandes
Addressee(s) Henrique Lobo            
From Portugal, Lisboa
To Portugal, Lisboa
Context

As cartas PSCR1229 a PSCR1232 encontram-se no processo de Rafael Fernandes, preso pela Inquisição em janeiro de 1555. Rafael Fernandes escreveu as quatro cartas na prisão, em janeiro de 1556, e entregou-as, embrulhadas num pano, a João de Távora, mourisco forro, que também se encontrava preso, pedindo-lhe para as dar a um mancebo (Manuel Dias) "que se encontrava a passear" junto da cela de João de Távora, para que este as entregasse a Manuel Álvares. Os destinatários das cartas eram Henrique Lobo, compadre de Rafael Fernandes, Pedro Fernandes, seu irmão, Luís, seu filho, e Graça Mendes, sua mulher. Rafael Fernandes confirmou ter escrito estas cartas e confessou que o papel onde as escreveu lhe ficara de uma folha de papel que o alcaide lhe tinha dado para escrever alguns escritos para Santarém sobre a sua provisão; quanto ao tinteiro, achou-o na casa grande do pátio onde tinha estado e tinha-o levado consigo para a casa onde nesse momento se encontrava.

Support uma folha de papel dobrada, escrita em todas as faces.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Lisboa
Archival Reference Processo 1678
Folios 23r-v; 22r-v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2301576
Transcription Teresa Rebelo da Silva
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization Teresa Rebelo da Silva
Standardization Clara Pinto
Transcription date2016

Page 23r > 23v

snor compadre

mto me pezou quamdo me dyxeram de vosa pryzã he loguo a mesma noyte quy vyhestes mo dyxeram he ds sabe quamto me pezou prazera a noso snor yhu xpo que sera pa seu syrvyço he pa a nosa sallvasam snor lambrevos que fara pa ho quabo desta coresma quatro anos he mo ou çymco pouco mayes ou menos dya despoyes de gamtar estamdo eu esperamdo p vos em mynha quaza pa yrmos a samta quateryna comfersarmo nos veyo ter meu sogro que numqua fora ha mynha quaza he me dyxe çe querya eu faser a pascoa do pam asmo he eu lhe respomdy que nam querya fazer senam ha pascoa de yhu xpo he nam havya outra he açym lhe dyxe outras mas palavras dyxe amtam vosa comadre que poyes que ha eu nam querya fazer que hela a fazya e eu lhe respomdy que nam querya que ha fyyese nym qyrya que em mynha quaza se fygese emtam çe foy seu pay he eu fyquy peleygamdogamdo com hela dyzemdo lhe que temese ha ds he que poyes nam quyrya temer ha ds que temese hũa mosa que tynha em quaza molher he que nam querya yudaryas em mynha quaza e nyço chegastes vos para yrmos he dyxestes que he yso sempre pelegayes e eu sayme ao ryo quamynho de palhayes he vos fyquastes pouco com hela falamdo he comtouvos da pascoa pque heu peleygava e vos fostes ter comyguo he dyxe vos eu que vos parese comtovos pque eu peleygava tenho razam a ds de sofrer tamanha yryzya nem tamanha sodomya que he esçe velho e pa estruyr hũa sydade que se me nam fora p te temer ha ds he por os fylhos que tenho forame por eçe mundo p nam ver couza desta gerasam dyxestes vos emtam nam vos agusteyes que hela diz que poyes que vos nam quereyes que nam fara he eu vos respomdi me peza senam p ho que te emsymnou este velho



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