As esperanças que vm me da tão vivas estimo mto mas eu ando
tão morto que nada me anima o efto so sera minha alegria
a virgem do Rozairo nola de em breve p seo ssmo amor, e se acorde
de meo anjo pois q nunca se pode mais alcançar couza algũa
eu tenho mta confiança q fara como que he e como de tão santa alma
se espera que donde mora Deus não ha bem q não esteja nem
o mal q se atreva, e amparada do escudo divino contra o inferno
contrastara ihu xpo seja servido q em breve nos vejamos com
hũ dia de alivio e de nos tão dezejado.
O que vm me pergunta em rezão das pastilhas não tenho noticia
q me aja avizado tal aquelle galante: q so tem o sentido em
molestias e q lhe mandem como se qua ouvesse algũ Potosi, na
pra ocazião lho avizarei veremos o q responde: e se q lhe mandem
o q ha lhe tenho dito mil vezes q não seja disparatado, q qua
não ha senão malaventura nem de dela cos q qua souberamos fa-
zer isto sem seo pareçer asim lho tornarei a intimar para que
deixe de falar desperpositos e trate de grangear sua vida, que
isto lhe tenho emcomendado, q temos mtos gastos e padecemos nossas
nececidades como todos; veremos se bastão estes avizos pa q se aquiete.
A carta dei a joão roiz elle lhe falara se quizer todos se
vistem do tempo he fazda de alegria a nossa q folguão
de se ficar com ella Deus querera q em breve vejamos o sol e que
ponhamos em ordem mtas couzas q andão mui descarriadas
do que ouver avizarei.
A fernão nunes escrevi ja e dei por desculpado de não escrever a vm
q se não cansasse, e q me remetia ao q lá ordenasse em rezão de fazer
diligca com os poderes q estavamos certos q por diligca e asistençia
não faltaria pedindolhe mostrasse a minha a quintal a quẽ
fis hũ capitolo remetendolhe toda carta. ponhalhe Deus a vertude
e se acorde de nos pa que nos vejamos livres de tanta tormta.
As reliquias em vindo as guardarei q eu não tenho obriga
cois a que acudir senão a vms q nimguẽ me da nada e quada
hũ guarda o seo; e mais quero deixar a roins q pedir a bons
q vejo mtas couzas mui diferentes do q imaginava, dezejo
com todo estremo irmão da minha alma q Deus nos aquiete
pa que possamos vivir os dous juntos, e tratarmos q nos avemos
de morrer e viver pa este efto fora de trafagos nem cuidados
que socedeo aqui hũ cazo estranho como direi abaixo e não sei
como os homeis não se desenganão e tratão do q lhe importa, pois
nos maiores descanços e felicidades vem a morte e desfas todos
os pençamtos mundanos; e desventurado o q não se salva.