Author(s) |
Francisco Cardoso de Oliveira
|
Addressee(s) |
André Reinoso
|
In English
|
Private letter from Francisco Cardoso de Oliveira, cleric, to António Reinoso, cleric.
The author gives his friend some news, also about his business.
The defendant in this process is the cleric João de Oliveira arrested by the Inquisition in October 7, 1622. His parents, Tomás Rodrigues and Violante de Oliveira, New-Christians, had been arrested and released before. This time Tomás Rodrigues was arrested again, however, under the accusation of intending to flee the country. Two of his sons were not arrested, since they were abroad at the time, but all the other family members went to prison: his wife, his daughter, who was a nun, and another three sons, among which João de Oliveira. Only his daughter and one of the sons survived, all the others died in prison. Some of the letters in the process have been handed over to the Inquisition by one of the recipents, and others were found in the pockets of the defendant, when we was arrested.
If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.
|
JHS Ma Seva a 8 outubro 622 Rs a de vm de pro deste reposta da minha de 19 e 24 de 7bro me
alegro com as novas que me da de sua saude e toda essa caza
delha Deus como pode e eu dezejo, e permita q sra com este
ultimo remedio fique de todo com saude perfeita pa o servir
e que nos vejamos inda todos juntos com algũa alegria.
Em nossos negos vejo pouco que avizar que pois vm me dis com
vem sospenderlos, me acomodo com seo pareçer mas contudo
passadas as ferias eu tratara de q se tornasse o anil per q não se fizesse
sangue isto me pareçe e daqui me remeto ao q vm ordenar que
sabe melhor o q convem pois o ve de mais perto e ihu xpo
permita q em breve sahiamos deste laberinto.
As novas que vm me da do U. estimo n alma ihu xpo se acorde
de nossos trabalhos e qra que em breve se acabem, q ja tenho o a
nimo largo a não esperar tempo limitado nem do mes passado nem
deste q do lobo hũ cabelo e esse da testa porq se tirão poucos, e
este nego he de mra que se lhe ha de esperar tempo e ora e da mra que
quizer quem o tem na mão; Deus he poderozo q qdo menos o cudarmos
nos acudira e remedeara nossas afliçois p sua ssma mizdia.
Em notavel desgosto entro qdo vejo o q vm me aviza se o nego da
C. porq qua se sabe tanto ao reves, q não sei qual das partes
siga a de ahi, he de gente intereçada e cudão q qualquer nova
he nego avriguado vm o tenha por tão dilatado como o pro
dia porq de novo estão desavindos prioste e o fo de eitor men
des ao qual avizou prioste q mandasse ir seo fo per levar o
ngo mui fora de termo: e o fo fes firmar algũs homẽs de
em hũa carta pa o pai em q lhe dezião q o que elle pedia era
o justo, e outro mui fora de caminho, e que de novo se avia
fto juntados 3 para ver qal dos dous caminhos se avia de
seguir, qdo sei isto por qua e vm de lá aviza q ja esta fto
me vem vontade de rir, ou de chorar q he mais justo, pois em
couza q vai tanto se anda como em jogo de rapazes: seja ihu xpo
louvado que tão caro me custa e a todos nos estas malditas
e desventuradas esperanças, ora ihu xpo q pode acuda q se do ceo
não vem o remedio da terra eu o vejo mui duvidozo e quasi per-
dido e permita deus q sahia eu mentirozo.