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Maarten Janssen, 2014-

CARDS2035

1797. Carta de Manuel José Ribeiro Pontes, padre, para António José Pereira, seu familiar e abade visitador.

ResumoO padre Manuel José Ribeiro Pontes escreve ao abade visitador António José Pereira, seu familiar, para lhe dar detalhes de um religioso que proferiu proposições heréticas e para lhe dar indicações sobre como responder à sua carta. A carta é devolvida com a resposta no espaço em branco deixado pelo autor. Lê-se na resposta: «He do Minho».
Autor(es) Manuel José Ribeiro Pontes
Destinatário(s) António José Pereira            
De Portugal, Barcelos
Para S.l.
Contexto

Dentro do fundo do Tribunal do Santo Ofício existem as coleções de Cadernos do Promotor das inquisições de Lisboa, Évora e Coimbra. O seu âmbito é principalmente o da recolha de acusações de heresia. A partir de tais acusações, o promotor do Santo Ofício decidia proceder ou não a mais diligências, no sentido de mover processos a alguns dos acusados. Denúncias, confissões, cartas de comissários e familiares e instrução de processos são algumas das tipologias documentais que se podem encontrar nestes Cadernos. Quanto ao crime nefando e à solicitação, são culpas que não estão normalmente referidas nestes livros.

Suporte meia folha de papel dobrada escrita apenas na primeira face.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Coimbra, Cadernos do Promotor
Cota arquivística Livro 418
Fólios 299r
Transcrição Leonor Tavares
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Catarina Carvalheiro
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2008

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Mto Rdo Snr Abbade Vizitador Antonio Joze Pereyra

Vmce se não morre esfalfado não presta pa nada. Era necessario q Vmce tivesse gota, não q o privasse de tudo, mas de algumas couzas, pa assim ter algũ descanço; e eu ainda q não quizera accrescentar-lhe os trabalhos sempre o vou fazendo: O tal fra-de q proferio as propoziçoens chama-se Fr Ma-noel de Valença, e he pregador; Lembra-me, se será necessario averiguar de qual Valença, porq ouço falar em Valença do Minho; pelo que entendo haverá outra Valença; se for necessa-rio assim me avize pa eu o averiguar. Tambem; se á Vmce lhe parecer, não esteja a mortificar-se em escrever; mas no cazo q não seja necessaria a averiguação de qual Valença, o outra qualquer couza pa a dita Denunciação, bastará q Vmce es-creva no sobre-escripto desta carta estas pala-vras- Não he necessario mais nada-; mas no cazo q seja necessaria a tal averiguação, ou outra qualquer então tenha paciencia, e escreva.

Sou De Vmce amigo O Pe Manoel Joze Ribeiro Pontes Barcellos 15 de Ju-lho de 1797

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