O autor pede à mãe que lhe mande entregar vinho na prisão e que trate dos seus assuntos enquanto ele não o pode fazer. Mostra-se apreensivo em relação ao que a Inquisição lhe pode vir a fazer.
[1] | branco ja q ha de ser pudera ser o q eu disse pois tanto custa
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[2] | assi como assi q esse desencadernado não sei qual hé e ouverame
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[3] | de dar outro sinaL mais delle, perq pode ser algũ q não cõvenha
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[4] | ao tempo. o pe pareçe q tem pouca vontade de mandar o seu, e
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[5] | de esCrever como prometeo, portanto não o forsse mto. O vinho
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[6] | não venha polla snora perq não passara qua como o outro. mãdelhe
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[7] | pedir o frasco Ja q bebeo o vinho. E se o bulle vier tãobem o arre
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[8] | cade, per q não ficara aqui. Dos pardaos Ja disse tudo se
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[9] | me entendeo perq não se sofre, nẽ eu o fiz senão per obedecer.
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[10] | E saiba ella q os mandei eu pedir de meu nome. per contempori-
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[11] | zar q bem sei quantos terá despendido E pode ser q maL
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[12] | pois tarda tanto, e passa assi per tantas mãos. e Lembresse
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[13] | VM q se algũ dia pedir eu outros sem dizer o pera q q me
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[14] | entenda, pois aqui não há mercançias, E não queira ella
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[15] | Remar d ambas as mãos. A letra Leo milhor q toda a outra
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[16] | como ja disse mtas vezes, e ainda q fora ruim a lera mto bem,
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[17] | E per vida de VM, e minha q nẽ hũa palavra deixo de
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[18] | entender, e o q digo hé pollo q deixa de esCrever, q o mesmo
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[19] | dissera ainda q viera esCrito de forma perq se VM me não
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[20] | escreve do AneL q tantas vezes lhe disse, q tem de ver cõ
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[21] | não ler bem a letra, q hé mais Clara pa mỹ, e a leo milhor q
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[22] | a d antonio, e isto posso jurar de VM Ler esta bem e esCrever
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[23] | tãobem
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