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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1602. Cópia de carta de João Nunes Baião para Isabel Mendes, sua mãe.

Autor(es)

João Nunes Baião      

Destinatário(s)

Isabel Mendes                        

Resumo

O autor pede à mãe que lhe mande entregar vinho na prisão e que trate dos seus assuntos enquanto ele não o pode fazer. Mostra-se apreensivo em relação ao que a Inquisição lhe pode vir a fazer.
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branco ja q ha de ser pudera ser o q eu disse pois tanto custa
[2]
assi como assi q esse desencadernado não sei qual e ouverame
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de dar outro sinaL mais delle, perq pode ser algũ q não cõvenha
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ao tempo. o pe pareçe q tem pouca vontade de mandar o seu, e
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de esCrever como prometeo, portanto não o forsse mto. O vinho
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não venha polla snora perq não passara qua como o outro. mãdelhe
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pedir o frasco Ja q bebeo o vinho. E se o bulle vier tãobem o arre
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cade, per q não ficara aqui. Dos pardaos Ja disse tudo se
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me entendeo perq não se sofre, nẽ eu o fiz senão per obedecer.
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E saiba ella q os mandei eu pedir de meu nome. per contempori-
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zar q bem sei quantos terá despendido E pode ser q maL
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pois tarda tanto, e passa assi per tantas mãos. e Lembresse
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VM q se algũ dia pedir eu outros sem dizer o pera q q me
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entenda, pois aqui não mercançias, E não queira ella
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Remar d ambas as mãos. A letra Leo milhor q toda a outra
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como ja disse mtas vezes, e ainda q fora ruim a lera mto bem,
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E per vida de VM, e minha q nẽ hũa palavra deixo de
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entender, e o q digo pollo q deixa de esCrever, q o mesmo
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dissera ainda q viera esCrito de forma perq se VM me não
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escreve do AneL q tantas vezes lhe disse, q tem de ver
[21]
não ler bem a letra, q mais Clara pa mỹ, e a leo milhor q
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a d antonio, e isto posso jurar de VM Ler esta bem e esCrever
[23]
tãobem

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