De partida para o degredo em África, Cândido de Almeida Sandoval escreve ao amigo a agradecer o auxílio.
[1] | Eis o acto da tragedia onde me acho; é neste momto terrivel a ponto de marchar pa a
morte, senão imediata, pelo menos civil q tua consoladora carta vem animar minhas
quasi extinctas esperanças: meus malles teem
remedio; a effecassedade de teus cuidados poder-me-hião salvar; mas oh! amigo meu! quererias tu proporte a tão
alta empresa? em tal cazo visto tua generosa offerta fazeme de novas? saber tuas intenções, a esse respeito em
vista do que me approveitarei do teu imcomparavel beneficio, pondo-te
ao facto de q está feito e de qto ha a fazer.
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[2] | Teus auxilios pecuniarios me serão de grande remissão neste
momento; podes confiar ao portador o producto da beneficiencia q me hajas destinado; pois
este é da toda a confiança como
poderás conhecer, motivo pelo qual não me attrevo
a recomendallo a tuas
attenções por ser sugeito se recomendar
por si mesmo
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[3] | Góza meu Amo em Paz dos
béns da fortuna, que tanto mereces, é o que te dezejo.
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[4] | Meu
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[5] | Amo
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[6] | Cinseramte dezejo
gozes em paz dos bens da
fortuna q tanto mereces
e te pesso não te esqueças jamais de teu infelis Amo
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