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Maarten Janssen, 2014-

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1647. Carta de Francisco de Gouveia Pinto, familiar do Santo Ofício, para um membro da Inquisição.

Author(s)

Francisco de Gouveia Pinto      

Addressee(s)

Anónimo367                        

Summary

O autor queixa-se à Inquisição de uma mulher que o ofendeu publicamente
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[1]
Snor

Por me pareser ser obrigasan minha dar

[2]
comta do qe en rezam de meu ofo de
[3]
familiar se me fas fazo esta qeixa e he
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qe en 29 de agosto pasado estamdo
[5]
prezos frco bramdam e sua molher ma
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roz com outras pas qe estarão neses car
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seres e imdo eu acompanhamdoos
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ate fora da vila a ma roz preza pasamdo
[9]
ela a vista de briatis da costa preza
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dise ma roz a companheira negras cam
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panhas forão as nosas e isto ouvio mta
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gente como forão o pe mel vas e frco pra
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e luis borges e dos vas todos desta vila,
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e imdo mais adiante no cabo a
[15]
porta do lião vio ma roz o seu marido
[16]
frco bramdam e comesou a gritar e
[17]
falar con ele e eu dise ao home qe lhe
[18]
tinha a besta polo cabresto lha bolve
[19]
se qe lhe não dese o sol no rosto e tanto
[20]
qe ela bolveu pa mim qe a não dei
[21]
xei falar com seu marido me chamou
[22]
en alta vos per mtas vezes falsario
[23]
tredor e enemigo cruel de toda
[24]
a gente da nasão qe eu lho avia
[25]
de pagar tratandome mto a

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