O autor dirige-se a um seu amigo, Jerónimo Nunes, pedindo-lhe que lhe cuide da casa, negócios e família enquanto ele está no cárcere.
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[3] | señor heronimo nunez
Amigo e señor, Eu estou mto miserabel donde estou por
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[4] | meus pecados, q ninguem me conhecerá quando sair
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[5] | e a minha ida não sera pa esta cide porq vai ca mto gran
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[6] | de bulha sobre mi; acudame o ds que pode q nelle tenho
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[7] | a fe e confiança como Pai e sr de misericordia porq athe
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[8] | o pnte me não terem estes homens falado a proposito.
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[9] | Estou vendo o desemparo da minha casa; VMce como ami
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[10] | go d alma, confio q suplirá a todas as necessidades urgentes
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[11] | consolando essa pobre desgraciada de minha compa filho
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[12] | e filhas; favoreçalas quem pode e lhes de paciencia
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[13] | e a mim disponha como for de seu serviço com sufrimto.
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[14] | Bem folgara de ter novas certas de minhas cousas e casa
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[15] | pois me servirião de alivio nestas miserias em q me vejo
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[16] | porem receio os impossibeis q estão de permeio, porem
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[17] | siga VM a ordem q o portador lhe der em tudo.
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[18] | Ao amigo, e amigos minhas lembranças e que mto de
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[19] | veras me encomenden a ds e a nossa andrada, do que fico
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[20] | certo por vida de nossa amizade, a quem ds gde como pode
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[21] | oje em 15 de junho 1653 @
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de VMce frco guomes ẽriques
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