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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1630. Carta do capitão Manuel Fragoso para Francisco Pacheco da Silva.

ResumoO autor informa o destinatário de que está a par da sua prisão e promete-lhe desenvolver esforços para o libertar.
Autor(es) Manuel Fragoso
Destinatário(s) Francisco Pacheco da Silva            
De Espanha, Madrid
Para Espanha, Madrid
Contexto

Processo relativo a Manuel Francisco da Silva, português, também conhecido como Francisco da Silva ou Francisco Pacheco da Silva, preso pela Inquisição de Toledo em 1630.

Consta deste processo a correspondência trocada entre o réu e os seus amigos Manuel Fragoso e Fernando Nunes, composta por seis cartas e dois bilhetes, em que se discutem as razões que terão levado à sua prisão e os esforços desenvolvidos para o libertar. Seguindo as instruções do Capitão Manuel Fragoso, Francisco Pacheco da Silva utiliza sempre o papel da carta original para as suas respostas, que redige em castelhano. As cartas estão emparelhadas da seguinte forma: PSCR1356-PSCR5281; PSCR1357-PSCR5282; PSCR1358-PSCR5283; PSCR5284-PSCR5284.

Estes documentos foram entregues ao inquisidor Juan Dionísio Portocarrero pelo familiar do Santo Ofício Fernando de Montesinos, a 4 de novembro de 1630.

Deste processo constam ainda as traduções e traslados das cartas originais.

Suporte uma folha de papel dobrada escrita no rosto e no verso do primeiro fólio e com sobrescrito no verso do último.
Arquivo Archivo Histórico Nacional
Repository Inquisición
Fundo Tribunal de Distrito de la Inquisición de Toledo
Cota arquivística Legajo 067, Expediente 05
Fólios 17r-17v e 18v
Online Facsimile não digitalizado
Transcrição Tiago Machado de Castro
Contextualização Tiago Machado de Castro
Modernização Catarina Magro
Data da transcrição2016

Page 17r > 17v

[1]

Ontẽ a tarde estive emte hũa ora di noite esperamdovos

[2]
pa aquele negosio com ho mesmo homẽ e espantado de fal
[3]
tardes e fui ter com fernãodo nunes e me disse que não avieis i
[4]
do la o que me deu mto cuidado e asim tratei que manda
[5]
sẽ a vosa pousada saber de vos que como vos recolheis
[6]
tarde e eu o não sabia por iso não fui eu mesmo= oje
[7]
pela menha logo fui ter com fernãodo nunes e me dise
[8]
como estaveis preso nesa cadea da corte o que me deu
[9]
mto cuidado que vos prometo que o senti mto e me
[10]
deu o voso escrito pelo qual conheso não he cousa de
[11]
cuidado vosa prisão e nele diseis vos va falar eu fui
[12]
logo e fui tão desgrasado que estava ai o algoacil
[13]
que me quer prender pelo alquiler da casa como vos
[14]
sabeis e por esta ocasião não emtrei mas não fas isto
[15]
o eu não acodir com todas as veras a vosa liberdade
[16]
fernãodo nunes e aquela senhora me diserão que lhe man
[17]
dareis diser que a vosa prisão he sobre as palavras que
[18]
tivestes em segovea com ho omẽ que esta preso e que
[19]
o que vos andava segimdo o devia faser e a eles lhe
[20]
pesara como vos no voso escrito diseis avisaime de tu
[21]
do o que nisto ha e d onde vos temeis que posa vir pa que
[22]
eu saiba o que ei de fazer= ai vos mando os seis reales
[23]
não vos de cuido que eu ei de vemder a capa e quan
[24]
to tiver emte vos por na rua. e asim não falta mais que
[25]
avisardesme pa que eu fasa negosio por todos he

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