PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Facsimile Lines

1628. Carta não autógrafa de Isabel da Cunha para o seu filho, Duarte da Cunha, escrevente, preso.

Author(s) Isabel da Cunha      
Addressee(s) Duarte da Cunha      
In English

Dictated letter from Isabel da Cunha, a widow, to her son Duarte da Cunha, a clerk.

The author tells her son, who is in prison, how he should behave in order to benefit his case. She also gives him details on all her efforts to have him set free by the Inqusition. She doesn't help him more because she is very poor.

Duarte da Cunha was arrested in 1627, accused of disturbing the Inquisition's correct ways. He used to have on him three fake letters that attested that he was the son of an Inquisition collaborator ('familiar') and was suspected of menacing people and extort them with the power symbolized by those letters. He tried to escape prison by several ways: he begged, he faked an illness, he menaced to kill himself and he received tools to saw the prison's bars. In the end, he was convicted.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Page 15r

[1]

filho mãodaime dizer sse vos tirarão ja o grilhão e sse

[2]
Estais algẽ acompanhado E q passais o snors Emqui
[3]
zidores o q vos dizem E q detriminão cõvosco e sse sa
[4]
beis alguã couza delles E vos bem sabeis como me deixastes
[5]
q ja nem emxeragão na cama nem couza a q me
[6]
atorne Esse boquado q vos mdo pesso-o pell amor de Ds
[7]
despois q ahi estais não tivestes quem vos mãodasse
[8]
nem simquo reis de pão ando ssega e Emconstada
[9]
pellas paredes apertai vossa molher q vos mão
[10]
de alguã couza pa vos sostentardes ou apertai
[11]
lla nessa santa caza q vollo dem vto não ter eu
[12]
remedio pa vollo dar E llembrovos q sse vos cha
[13]
marem a meza ou fallarem cõvosco o sors Emqui
[14]
zidores q pessais mizicordia E dizei q tem
[15]
des molher E filhos E mai por q vos não remeta se
[16]
a justissa sse callar q milhor he moreres lla q tor
[17]
nardes ao llimoeiro E eu ardo qua fazendo
[18]
dilligencia o coleitor pa vos perdoar
[19]
E fis huã pitisão q lhe ei de llevar oje queira
[20]
ds q aproveite tudo João Roiz de miranda
[21]
me fes a pitisão q deve de ir Em forma E todas
[22]
as vossas amized amizades des que estais
[23]
ahi vos não prestarão pa nada sso a prove
[24]
za de vossa mai o Emquizidor q he parente
[25]
de frco bareto he fora E estão Esperando cada
[26]
dia por elle E frco bareto Esta prezo no limoeiro
[27]
avera mes por não querer ir buscar huã pe
[28]
quena de pollvora fora desta tera o gorve
[29]
nador arsebispo o mãodou prender
[30]
ahi esta elle não trata de sse soltar por ora não ha mais dei
[31]
vos avizar ds vos de pasiencia pa sofrerdes esa prisão

[32]

[33]
não vos espanteis de esta não ser da lletra de vosso
[34]
irmão q he a tres ou coatro dias fora a trabalhar

[35]
vossa mai
[36]
I Cunha

Text viewWordcloudFacsimile viewPageflow viewSentence view