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Maarten Janssen, 2014-

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1538. Carta de Manuel Ferraz para Manuel Pereira, Conde da Feira.

SummaryO autor garante ao destinatário que está a ter uma conduta honrada enquanto procurador num caso de homicídio.
Author(s) Manuel Ferraz
Addressee(s) Manuel Pereira, Conde da Feira            
From Aveiro
To
Context

A carta, escrita em 1538, encontra-se no processo de Isabel Antónia, moradora em Aveiro, presa pela Inquisição. O seu autor, o licenciado Manuel Ferraz, respondia a um recado de Manuel Pereira, Conde da Feira, em que este reclamava contra a participação e posição do destinatário num processo instaurado a Miguel Gomes e a Diogo de Pina. Miguel Gomes, cristão-novo, rendeiro, "homem rico" e morador em Aveiro, matara por volta de 1538 um Manuel Pires, criado de Antão Dias, pai de Manuel Ferraz; a vítima "era como um filho para Antão Dias". Na demanda que surgiu em resultado dessa morte, Manuel Ferraz foi parte acusatória e curador dos órfãos do morto. Miguel Gomes seria uma pessoa próxima de Manuel Pereira - veja-se que no processo da Inquisição instaurado uns anos depois contra Miguel Gomes, em 1542, Manuel Pereira e a sua mulher foram inicialmente indicados como suas testemunhas de defesa, se bem que posteriormente riscados. Dado que Isabel Antónia era prima direita de Miguel Gomes, Manuel Ferraz, promotor da justiça no processo instaurado à ré, apresentou esta carta para demonstrar a sua imparcialidade.

Support uma folha de papel dobrada, escrita nas três primeiras faces.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Lisboa
Archival Reference Processo 10966
Folios 70r-71v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2311145
Socio-Historical Keywords Teresa Rebelo da Silva
Transcription Teresa Rebelo da Silva
Contextualization Teresa Rebelo da Silva
Standardization Clara Pinto
Transcription date2016

Page 70r > 70v

[1]
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[3]
Snor

Bastiam alverez criado de VS me deu Recado

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a sustamçia do qual era que VS se espantava de mÿ
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em fazer comtra migel gomez e do de pina e bem
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cuydo que sabemdo a Rezam que eu tinha pa asi o fazer
[7]
que me pusera culpa aymda que o asi fizera o que
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fiz semdo o morto criado de meu pay de minino
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muy pequeno pollo q aymda que no cãpo me pusera fize
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ra o que era obrigado sem s dino de nhũa Reprẽsam nẽ
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VS mo tachara aymda que lhe niso fora mays do q lhe
[12]
vay e ysto pollo que deve a quẽ he mas eu como soube
[13]
poder ysto chegar a VS por se elles chamarẽ seus
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tive nesta negoçiaçã a mays temperãça que pude
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de que fiy pouquo tachado e se outra cousa escre
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verã ou diserã a VS seria adivinhar porq
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he tam pequeno dilito nẽ de tam pequeno castiguo
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ser procurador e Juyz em hũa mesma causa pa q
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asi em praça e tam manifestamte se fizese como VS
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esta ẽformado segdo me dise este seu. e mays saber
[21]
se deve esperar de quẽ tamtos anos gastou pollo

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