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Maarten Janssen, 2014-

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1602. Carta de Gastão de Abrunhosa para Nicolau Agostinho, secretário do Santo Ofício em Évora.

Author(s)

Gastão de Abrunhosa      

Addressee(s)

Nicolau Agostinho                        

Summary

O autor declara ao seu amigo e secretário da Inquisição que a prisão de seus primos, acusados de judaísmo, é uma injustiça. Diz que vai procurar justiça fora do país e dirige várias críticas à Inquisição e aos denunciantes da sua família.
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o dever fazer con a brevidade posivel pois he injusto padeser alguẽ trabalhos
[2]
sen justisa en espesial os tão inormes e infames

[3]

aqui escrevo a anto mande vm a minha mai que lho mande sem

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lhe dizer nada e mostrelhe a carta que eu sei se quietara e a
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afirmo se contentara de sua natureza mas he moco
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meo vm que elle ten bon natural

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não tenho pa que encomendar a vm minhas couzas pois

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tenho visto que as tem vm por suas e no posivel
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justo e arezoado me fara o posivel porque se
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não ouver quẽ rebata as esguichadas deses
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ereges ou os tão infames que não no sendo confesão
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sello bem sei que não so todos os que tiveren rasa
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de cristaos novos mas se a virgen nosa snra mai
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de ds e os apostolos de xpo morarão em serpa por
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desenderen da nasão dos judeus por ds que avião
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de ser prezos e queimados pois não pode ser porem
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estes aleives sobre si e culpar inosentes he pois por
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falsidades e aleives e falta de justisa perco patria
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honrra e quietasão de vida e promesas del rei hom
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rozas que todos me deve quẽ sen justisa e con falsi
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dade mas roubou pa salvar a alma me vou aca
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bar de ensecar se emtre cristaos ha justisa
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verdade e temor de ds e de tudo vm e eses santos
[24]
tribunais serão avizados de valhadolid a 12 de julho
[25]
de 602 annos gastão d abrinhosa

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