O autor notifica o seu tio sobre o decorrer dos seus negócios, queixa-se da carestia de trigo e de azeite, que está a afectar todo o reino, e das revoltas que têm ocorrido no Brasil, dificultando o comércio. Dá ainda notícias de que decidiu, juntamente com a sua mãe, apresentar-se à Inquisição para evitar ser preso, dadas as recentes prisões de que falra noutra carta, e avisa-o, ainda, da morte na miséria de um seu tio, Pedro da Cunha de Oliveira, que estava preso. Também o notifica do atraso da frota em que enviava a carta que, devendo partir em março, ainda não partira em maio, devido às revoltas no Brasil.
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cá e se a frota se dilatar the que eu recolha ezcreverei emtão
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do que mais se me ofreser, e farei por mandar mais algunz pa
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noz d alcains.
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o azeite que nesta digo mandara conprar Abrantes pa carreguar
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a Mel Rois da Costa pa o Rio por conta da sola não veio porquanto
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o não querem deixar sahir pa fora e se mandou fazem embarge
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em todz oz Almazeins que avia por este ribatejo, e tem avido,
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com isto de azeite huma tão grande Bulha igual a que vai com o pão
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que val o cantar a 2300 r 2200 r; a do Mel Rois da Costa não ma
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ndo coiza alguma mais por conta da sola porque como nesta di
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go se achão inda em ser mais de 400 moz e a que esta vendida
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se deve, e por esa cauza he que paso a Bra a ver se pozo cobrar pa
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lhe fazer alguma remesa, que o dro que nela se tem feito mal tem
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cheguado pa paguar fretez e direitoz como elle mto bem vio qdo
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desta partio, e asim não tem que me creminar pois na ma mão
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não esta mais que o fazerlhe a diliguensia, maz he tanta a solla
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e esta tem tão ruim curtume e he a mais de latão porque na que
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não tem sahida que a ser solla boa de cabesa estivera vendida
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tostão mais a menoz he o que por ora se me ofrese se me lenbrar mais
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alguma coiza o direi em outra fico pedindo a Ds que a Vmce gde ms
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anns livre de seuz inimigoz Lxa 18 de Mayo de 1711
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Sobro de Vmce o mais amte e saudozo q mais a vmce
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dezeja obedeser
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Mel Mendes Cunha
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