A autora, viúva e mãe de 12 filhos, queixa-se ao irmão das suas dívidas e pede-lhe ajuda.
[1] | me acudir os meus trabalhos vendo elle o q devia
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[2] | a quem deos tem e mto mais couzas mas tudo deicho
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[3] | é minha poca fortuna; não tive atão mais Re
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[4] | medio q dizer a sor Belxior me escrevese o porve
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[5] | dor da menza q a tal me não fizese de q estou
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[6] | pagando trinta e seis mil Reis cada seis mezes
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[7] | veja meu Rico irmão quem anda a par da ten
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[8] | da como he de paguar isto emquanto eu vo ven
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[9] | dendo os cacos de caza bem estou eu mas vejo
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[10] | meu Irmão q ja fes dous annos q se predeu o
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[11] | meu bem todo e me via no estado em q me via e
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[12] | agora me vejo no estado em q me vejo q lhe fir
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[13] | mo meu Rico irmão q não sei como estalla este
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[14] | corasão; porq me custa tanto e pa o meu acheque
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[15] | e a dor que tenho no peito esta aThe as duas oras
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[16] | da neute fazendo meias pa fora q aThe na ca
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[17] | ma estou asantada, a fazellas e os medicos me dizem
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[18] | q he matrana mas q não tem o outro Remedio o
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[19] | q ha de fazer agora todas as minhas esperansas
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[20] | he vm q asim o confio em deos q vm se ha de
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[21] | alembrar paso daqui porq
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[22] | vm tudo mto bem dimen
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[23] | to tem; ora meu Irmão estas cartas
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[24] | me mandou a sor Belxior logo as li e lhe escre
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[25] | vei pa o se lhe dos quinhetos
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[26] | mil reis vm mandava dizer saria pa nos
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[27] | me dise q iso hera escuzado porq ẽ Reis não
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[28] | pagava nada dahi a pocos dias lhe foi falar
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[29] | pa mor dos papeis de vm me dise minha Irmã
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