Menú principal
Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-
Resumen | A autora pede ao marido, emigrado no Brasil, que volte para Viana e a ajude a criar a filha. |
---|---|
Autor(es) | Rosa Maria |
Destinatario(s) | Luís António Viana |
Desde | Portugal, Viana |
Para | |
Contexto | Luís António Viana estava emigrado no Brasil havia treze anos quando a sua mulher, em Portugal, lhe escreveu duas cartas a pedir que regressasse para a ajudar com as despesas e com o sustento da filha. Contudo, as cartas não chegarem à mão do marido, mas a um seu homónimo (Luís dos Santos Viana), comissário e familiar do Santo Ofício. Mal recebeu as cartas, vendo denunciada pela autora das mesmas a falta de notícias durante os treze anos de ausência, estranhou o caso e entregou-o à Inquisição, para que se averiguassem as condições da vida de Luís António Viana no Brasil. Feitas as devidas diligências, verificou-se que aquele estaria casado com Ana Francisca, havendo várias testemunhas que sabiam, desde os tempos em que ainda não tinha emigrado, que o réu tinha casado antes em Portugal. Algum tempo depois de ter chegado ao Brasil, quis casar em Cabo Frio, mas os seus patrícios colocaram-lhe alguns entraves por ter essas intenções e acabou por não casar. Passados sete meses, casou no Rio de Janeiro, indo depois morar para uma praia chamada D. Manuel. O portador destas cartas foi José Luís de Azevedo (solteiro, 25 anos, natural de Viana do Castelo, que vivia da pesca). Ao chegar com uma corveta a Viana do Castelo, a caminho de Cabo Frio, no Brasil, onde vivia, apareceu-lhe Rosa Maria pedindo que entregasse as cartas ao marido. A mulher do réu soube da existência de José Luís de Azevedo por intermédio do seu pai, Félix Salgueiro, que também se dedicava à pesca e que o havia conhecido no dia anterior. O portador não queria levar as cartas porque levaria muito tempo a encontrar o destinatário, mas acabou por aceder ao pedido. Ao chegar a Cabo Frio, ficou doente, sendo internado no Hospital da Misericórdia. Aí encontrou um patrício que lhe perguntou se sabia se a mulher de Luís António Viana estava viva, porque conhecia o cunhado da segunda mulher do réu. Ao sair do hospital, foi ter com José Luís, o tal cunhado da segunda mulher e, levando-o para casa, ele confirmou que o réu era casado em Viana e que a primeira mulher estava viva. O réu, nessa altura, estava fora a trabalhar, com um contrato das baleias. O processo inquisitorial está incompleto, não tendo chegado até nós a sentença ou qualquer outro dado processual. |
Soporte | meia folha de papel escrita no rosto. |
Archivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Tribunal do Santo Ofício |
Fondo | Inquisição de Lisboa |
Referencia archivística | Processo 4060 |
Folios | 12r |
Online Facsimile | http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2304033 |
Transcripción | Mariana Gomes |
Revisión principal | Catarina Carvalheiro |
Contextualización | Mariana Gomes |
Normalización | Catarina Carvalheiro |
Anotación POS | Clara Pinto, Catarina Carvalheiro |
Fecha de transcipción | 2014 |
1785. Carta não autógrafa de Rosa Maria para o seu marido, Luís António Viana, marinho.
zoom_out
zoom_in
navigate_before
navigate_next
info
fullscreen
menu
| ||
Text view: - Lines: - Switch to view: - A- A+ |
||
da
ze
Cominhom