CARDS2187
[1620-1629]. Carta de Álvaro Gil para a sua mulher.
Autor(es)
Álvaro Gil
Destinatário(s)
Anónima41
Resumo
O autor queixa-se da sua situação e recomenda a fuga dos seus parentes.
Opções de representação
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a pas de xpo noso snor seja em nosas almas amẽ
irmã e filhos da minha alma e amigos deos
vos deite sua bensão e vos
livre de falsos
testemunhos e daqui louvores a cpo tenho
saude e não falta sustẽto mas saiba todo o
xristão q na vida não ai mais imferno e a
quele
q cuida q esta salvo esta mais pirigozo
e quẽ puder sair deste reino mas q seja as fe
meas a putas e
os machos a ladrois não estevão
nele se deos não acode a descobrir a verdade e re
medio esas criansas pondeas ẽ castella e
pesão uma
esmolla e comão pedras e quẽ puder large barco
e reides estimarei que voso irmão ou sobrinhos vos
venhão buscar
e coanto mais longe milhor que eu
mereso o que tenho ẽ me fiar de irmãns e irmão e cu
nhada q ja cuidava
q como lazaro lhe fose pidir
migalhas de sua meza os filhos do furneiro bẽ sei
as doudises q fes
o doudo e como virão seus inimigos
o q quizerão mas quẽ se vio aqui e cõ aficasia não
dixe cõ
os brasos abertos fugi e não tapar os ou
vidos elle e suas irmans pois agor crerão a madras
ta gastarão o seu cõ frades e o meu o outro cõ
fidal
dalgos q se ajuntarão louzas ẽ sãota luzia junto
a milreu falsas comtra nos e frades as ẽganarão
cõ q
não ẽcãoparão o doudo aqui não sai ningem
menos de 5 anos louvado cpo n redẽtor por tu
do soube de tome lobo de
olivẽsa cõpanheiro o
q mais mal fes foi souza porq não avizei q
me avia dado os 8000 não os dãodo e porq avisei
q estava ca cõ a molher e da fazẽda q lhe toma
rão se quis vimgar na nosa pa
a aver q me avi
zarão coando avisei a me não dro e respõdeo
a molher cõ sobrescrito seu louvado xpo cõ
tudo e
seus sãotos secretos q trocão o sãnge po
r 4 reis mais valera avisar o q avia q
grão
de era o mundo mas ẽganeime q imaginei ser
o corasão dos outro como o meu q não
de deitar a garocha a quẽ andava no coro
pa
o touro a llevar ou tarde ou sedo e ao tourei
ro e não dar a mão pa o palãoqe louvores a xpo
se la aportar filho meu
deiteo cõ pedra ao pes
coso no mar e não o mãode a touros pois eu fui
besta q tive de ver cõ elas e elle não faleis não
vos
fasão outro tãoto e pouco o q dixer o porta
dor pagailhe o caminho cõ o q puderdes q ca
da bocado
q como he cõ lagrimas se o terão eses
inosẽtes a quẽ mãodo a bẽsão e a de Deos
primeiro e a vos as lagrimas mas pesovos
q vos
achee se deos me llevar daqui cõ vida porq como
sabeis não a de aver
memtira ẽ minha boca cõtra
mim nẽ cõtra outrem algum deos vos livre
e a meus cõpadres como pode e amigos q não ima
ginẽ
q ẽ mim não a de aver ẽ mim mẽtirã morte sim
deos favoresa a quẽ vos favoreser deos me deu
pe
cados apartarão deos fasa o
q pode xpo cõ todos
deste q não sei se he voso
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