PSCR1630
1719. Carta de Cristóvão Vieira, caminheiro, para João Rodrigues Coutinho, padre.
Autor(es)
Cristóvão Vieira
Destinatario(s)
João Rodrigues Coutinho
Resumen
O autor pede que o destinatário dê ordem de soltura e defende-se das acusações de que foi alvo.
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Meu Snor Redo pe joão Rodrigues coutinho
vm me perdoi a minha com
fiansa de eu escrever a vm
mas como prezo q estou a or
de de vm me obrigua o me
u atrivimento a escrever
a vm Meu snor
savera vm q eu sou aque
lle moso q prendeu o juis
de fora desta sidade de vizeu
com a baroniqua q se dis
q hera de familiar eu a
cheia e a trazia o modo de ba
roniqua e não uzava de
la de couza ninhuma por
tantas terras q eu tenho an
do em ninhuma se ha de fa
lar couza alguma som
entes aqui nesta sidade
sam mto treidores porq eu
emcoanto tinha ha par
de tostois não faltavam
amigos despois q eu as
não teve atreisoar o me
o casareiro hera o pior, q ta
nto comeu comigo ele foi
o q me prendei savera
vm q eu a min me veio
de lisboa humas ordes pa
eu fazer em almeuda
como vm vera a carta
e as não poso fazer porq estou prezo mandei esa pitisam
ao juis de fora pa ma despachar mandoa por Reposta q
ja não gobernava em min eu bim a esta sidade com huma
orde dos comfiscados Meu senhor peso a vm onRa e lou
vor das sinco chagas de noso senhor jajus cristo me nan
de soltar q estou padesendo sem ter q gastar e o casa
reiro ser meu treidor q ja eu não tenho que lhe dar
por iso me quer mal ahora lhe peso onrra e louvor de to
dos os santos e pelas almas e quem vm he mais obriga
do com isto não emfado mais a vm como prezo vizeu
oje coatro de nobro de mil e setesentos e dezanove annos
Criado de vm
prezo Christovão vira caminheiro
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